RESUMOO objetivo do artigo foi analisar aspectos do desenvolvimento infantil, desde o nascimento até no máximo 10 anos, de filhos de mulheres com histórico de consumo de múltiplas drogas durante a gravidez, sob a ótica das entrevistadas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo método de investigação científica foi o estudo de casos múltiplos, notificados em unidade de assistência toxicológica entre 2008 e 2010. As crianças representaram uma amostra intencional. A técnica de análise aplicada foi a síntese cruzada de dados, a partir de quatro fontes: dissertação de mestrado, ficha OT, prontuário e do roteiro de entrevista aplicado no domicilio. As crianças tinham entre dez (3) e nove anos (1), viviam em arranjos familiares diversificados. Nenhuma entrevistada relatou conflitos e situações de violência, contudo, o uso de drogas permanecia em duas famílias. Havia atraso no desenvolvimento escolar, hiperatividade e problemas de relacionamento. Embora, as entrevistadas não relacionem estes problemas ao consumo de drogas na gravidez.Palavras-chave: Estudo de casos, Desenvolvimento infantil, Saúde da criança, Transtornos relacionados ao uso de substâncias, Gravidez.
A vulnerabilidade é um indicador da iniquidade e da desigualdade social e detecta as fragilidades do indivíduo e sua capacidade de enfrentamento dos problemas e/ou agravos de saúde. Compreender os fatores que influenciam no envolvimento e manutenção do uso de drogas na gestação pode contribuir para o diagnóstico precoce de vulnerabilidade e no planejamento de intervenções que auxiliem na evolução de uma gestação saudável. O objetivo foi examinar os planos analíticos de vulnerabilidade para compreensão do uso de drogas na gravidez. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e exploratório, utilizando como referencial teórico contextos de vulnerabilidade nos planos analíticos individual, social e programático. Um roteiro de entrevista semiestruturado composto por quatro eixos temáticos e analisado de acordo com o referencial teórico de vulnerabilidade foi utilizado. As 12 mulheres tinham entre 17 e 33 anos e utilizavam múltiplas drogas desde a adolescência. O tabaco e álcool foram as drogas de iniciação e o crack a mais frequente na gravidez. As mulheres foram consideradas vulneráveis nos três planos, uma vez que elas viviam em um ambiente de risco, caracterizado por famílias, que mantêm cultura aditiva, conflitos com a justiça, violência intrafamiliar, vivências de situações sociais de crime e abuso e ausência de vínculo com serviços de saúde.
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