RESUMOObjetivo: Relacionar a educação financeira com os hábitos de consumo, investimento e a percepção de risco de servidores públicos. Fundamento: A literatura base desta pesquisa versa sobre educação financeira e sobre os fatores determinantes na propensão ao endividamento, tendo como base os estudos de Chen e Volpe (1998), Weber, Blais e Betz (2002) e Flores, Vieira e Coronel (2012). Método: A amostra não probabilística foi composta por 42 respondentes. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário estruturado em quatro dimensões: perfil socioeconômico, hábitos de consumo, nível de educação financeira e percepção de risco. Aplicou-se técnicas de estatística descritiva e análise fatorial. Resultados: Os principais resultados mostram que a maioria dos respondentes atua no serviço pú-blico há mais de 15 anos e os principais motivos que os levaram a optar pelo emprego foram a estabilidade e a remuneração; com relação as dívidas, os principais itens atribuídos ao atraso no pagamento destas foram a falta de planejamento, a má gestão orçamentária e a facilidade de acesso ao
Resumo Este artigo teve por objetivo realizar uma avaliação epistemológica dos métodos de pesquisa em finanças por meio de uma análise dos modelos de precificação de ativos à luz das correntes filosóficas do positivismo/pós-positivismo e do construtivismo. Explica-se, assim, a adequação desses modelos à sociedade, entendendo que os fenômenos em estudo não são repetitivos, mas passíveis de análise. São apresentadas evidências de que os modelos de precificação de ativos possuem características metodológicas que se enquadram tanto no positivismo como no pós-positivismo e no construtivismo, tendo em vista a possibilidade de falseamento das hipóteses e sua adequação às subjetividades dos investidores. Os resultados obtidos nesse levantamento teórico sugerem que as finanças clássicas e suas contribuições comportamentais posteriores destacam métodos positivistas sujeitos a falseamentos de hipóteses e, consequentemente, uma ciência em construção, demonstrando a complementaridade das visões epistemológicas apresentadas.
O presente trabalho tem o objetivo de testar a hipótese de retornos anormais a partir da estratégia de investimento em ações com mais baixo índice preço/valor patrimonial no mercado de ações brasileiro. Foram utilizadas todas as ações negociadas na Bovespa no período de 1994 a 2006, sendo formadas 6 carteiras segundo o critério original de escolha de portfólios, em ordem crescente de PVPA, rebalanceadas ano a ano. Além disso, testou-se a existência de mudança significativa nos parâmetros do modelo CAPM por meio da análise de regressão, incorporando a esse modelo a variável correspondente ao múltiplo PVPA. Posteriormente, foi feita também uma comparação entre os governos de FHC e o primeiro mandato de Lula, a fim de verificar se houve alteração significativa nos parâmetros da regressão por meio do teste de Chow de mudança estrutural. Os resultados indicaram que não há eficácia no uso de baixo PVPA como medida para formação de carteiras de investimento, sendo refutada a hipótese testada, tanto pela análise gráfica, que apresentou maiores rendimentos para as ações com maior PVPA, como por meio da inclusão desse índice ao CAPM, que indicou mudança significativa nos parâmetros beta do modelo e também na comparação entre os governos.
Este artigo teve como objetivo básico verificar possível persistência dos resultados de retorno das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no curto prazo, sob a hipótese de que ações vencedoras continuam vencendo e perdedoras tendem a manter seus retornos abaixo da média do mercado em um período de seis meses, em uma estratégia baseada no efeito momentum. Essa suposição foi feita com base no comportamento impulsivo dos investidores diante de ações com alta liquidez, está calculada pelo volume em dinheiro e supondo que se trate de uma variável relevante para uma manutenção dos bons resultados de retorno em curtos períodos. Para analisar essa estratégia, formaram-se nove carteiras de ações classificadas por volume nas categorias alto, médio e baixo, e cada uma delas foi subdividida em grupos de vencedoras, médias e perdedoras de acordo com o retorno médio mensal. A formação correspondeu a um período semestral, de outubro de 1994 a março de 2011, e as ações foram classificadas de acordo com as carteiras estabelecidas por volume em dinheiro e pelo retorno médio acumulado. Na análise do comportamento dessas ações nos seis meses posteriores (de abril de 1995 a setembro de 2011), avaliou-se a hipótese de que aquelas com retornos maiores no passado recente continuam proporcionando bons resultados no curto prazo, especialmente em seis meses de formação e análise semestral posterior. Constatou-se, por meio de uma análise de séries temporais, que foi recomendável a manutenção de ações com baixo volume em carteira por, no mínimo, três meses. Os dados em corte transversal levaram a uma versão multifatorial do modelo CAPM que consistiu na incorporação das defasagens dos retornos e do logaritmo natural do volume, sendo posteriormente rodada a regressão com dados em painel. Os resultados corroboraram que ações vencedoras com baixa liquidez e de volume intermediário se apresentaram como as melhores opções de investimentos no Brasil.
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