No momento em que vivemos a primeira metade do século XXI, o acesso à informação determina a agilidade no fluxo de interpretação e interlocução. Auxilia a estabelecer, no plano individual, uma espécie de consciência que causa transformações e/ou revelações ideológicas. Posições que eram antes restritas aos domínios privados, passam a ser "abertas" e publicizadas principalmente com o advento das redes sociais, que promovem a criação de uma polarização, inclusive através de radicalismos cotidianos. Nos últimos anos, a direita e a esquerda intensificaram suas posições, criando uma nova esfera de pensar a política após a queda do Muro de Berlim. Em muitos momentos, banalizações e discursos com as adjetivações políticas passaram a ser a tônica da sociedade do novo milênio. Para pensar o radicalismo na política (ou os radicalismos e a Programa de Pós-Graduação da PUCRS, quando esteve presente para lançar a obra Os Camisas-Azuis: Rolão Preto e o Fascismo em Portugal (EdiPUCRS; EDUPE, 2016).
Esta réplica busca refletir sobre o artigo “Neofascism in Brazil, from local to global?” a partir dos comentários de Camilo López Burian, Carles Viñas Garcia, David Magalhães, Fábio Gentile, Gisela Pereyra Doval & Gastón Souroujon, Janaína Martins Cordeiro e Larissa Jacheta Riberti. A estrutura da réplica está divida em três pontos fundamentais: a questão das categorias de análise e conceitos mobilizados, a expansão e estrutura do neofascismo no Brasil, as possibilidades historiográficas a partir de questões comparadas, transnacionais e do campo de estudo sobre as direitas.
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