O presente artigo, resultante de uma investigação bibliográfica, tenta contribuir com reflexões sobre um componente que está presente em muitas das bem sucedidas experiências que promovem o encontro transformador com a leitura literária: a afetividade, algo que ao nosso entender passa muitas vezes despercebido como elemento partícipie do processo de constituição do leitor. Situando essa discussão no contexto educacional escolar, temos como inspiração teórica o fundador da psicologia histórico-cultural, Lev Semyonovich Vigotski (1896 – 1934). Para contribuir com tal argumentação, convidamos para esta “roda de leitura” Paulo Freire (1921 – 1997), grande representante brasileiro da teoria crítica da educação. Juntos a estes importantes teóricos, propomos pensar sobre o lugar das emoções na formação de leitores literários.
Quem estuda a literatura oral no âmbito educacional lida diretamente com o processo de formação de leitor. No presente trabalho busco refletir sobre essa confluência, partindo de alguns questionamentos que envolvem o ato de narrar: qual a importância das narrativas orais para o homem? Como as narrativas orais contribuem na formação de um sujeito leitor? Em que implica a passagem da oralidade à escrita? As narrativas orais podem provocar mudanças significativas na concepção de leitor e de leitura que atualmente predomina nas escolas. É possível dizer que o processo de formação de leitor encontra-se comprometido quando se esquecem alguns princípios fundamentais que se encontram no ato de narrar. Há muitas coisas por trás de uma narração que se mantém fora dos pressupostos educacionais, pois se encontra no campo do mito e da performance. Se as narrativas orais permanecem circulando fora dos espaços escolares, é porque ainda exerce um papel fundamental na formação do indivíduo e para a sociedade – um potencial pouco aproveitado na educação escolar.
Resumo: Um olhar da literatura sobre a escola nos possibilita novos ângulos de observação. Nas últimas décadas muitas coisas mudaram de forma significativa no mundo, mas a escola parece ter mantido, com poucas exceções, noções que resultam no fastio do aluno e na ausência de questionamentos. Nesse estudo, buscaremos perceber tais noções através das impressões escolares contidas nas seguintes obras: Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato; Alice no país das maravilhas, de Lewis Caroll; Chove nos campos de Cachoeira, de Dalcídio Jurandir; Zeus ou a menina e os óculos, de Maria Lúcia Medeiros e A professora de desenho e outras histórias, de Marcelo Coelho. Palavras-chave: literatura, escola, representações. Abstract:A literary look at the school enables us new angles of observation. In recent decades many things have changed significantly in the world, but the school seems to have maintained, with few exceptions, notions that result in the student boredom and lack of questioning. In this study, we will seek to realize such notions through the school prints contained in the following works: Emília no País da Gramática, by Monteiro Lobato; Alice no país das maravilhas, by Lewis Carroll; Chove nos campos de Cachoeira, by Dalcídio Jurandir; Zeus ou a menina e os óculos, by Maria Lucia Medeiros and A professora de desenho e outras histórias, by Marcelo Coelho.
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