Resumo As autoras, norteadas por uma perspectiva crítica da política de inclusão, apresentam, neste texto, o recorte de estudo de tese, que objetivou: 1) desvelar concepções subjacentes ao Projeto Educar na Diversidade: material de formação docente e aos relatórios de um Município-Polo (2004), e 2) analisar a materialização desse projeto em instituições públicas da área de abrangência do município em foco. Os dados mostraram que, ao mesmo tempo em que os documentos anunciavam formações calcadas numa abordagem de professor-pesquisador, a realidade denunciava ações formativas esporádicas a parcela dos professores da rede, expondo uma política de inclusão implicada com o modelo neoliberal de sociedade e reforçada pelas iniciativas da globalização vigentes.
Este artigo se constitui como um relato de nossa experiência pelos caminhos da extensão universitária, que realizamos na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), desde os anos de 1983. Ao apresentarmos nossas ações na formação continuada de docentes de LIBRAS, discorremos sobre as concepções de educação de surdos (SAKCS, 1998; SKLIAR, 1999; MOURA, 2000, entre outros) e as visões sobre ensino de língua vigentes ao longo desse processo, no espaço de Escolas para surdos e no contexto geral da linguística, em cada período (TRAVAGLIA, 1996; LACERDA E OUTROS, 2000; SLOMSKY, 2010; FUZA E OUTROS, 2011), embasadas em princípios norteadores do processo de formação docente (FACCI, 2004; GUIMARÃES, 2004; VÁSQUESZ, 2007; GIANINI, 2012). Concomitantemente, apresentamos nossas impressões e algumas considerações sobre esse processo, para nós importante, pois se contribuímos para a profissionalização dos docentes surdos de LIBRAS, certamente eles contribuíram para a nossa. Por fim, concluímos acreditando que a formação coletiva e continuada fortalece o enfrentamento das adversidades na busca da conquista por escolas bilíngues públicas de qualidade que venham a atender os anseios da comunidade surda.
Tratando de duas instituições públicas de ensino secundário de Campina Grande-PB, o Colégio Estadual da Prata (1953) e a Escola Normal Estadual (1960), o artigo discute o prestígio social das duas instituições, destacando as solenidades de inauguração dos prédios e o alunado de cada uma delas, nas respectivas primeiras décadas de funcionamento. Os achados provêm de matérias veiculadas em jornais do estado, bem como das fichas individuais dos alunos, disponíveis nos arquivos das instituições. A cobertura jornalística e a dimensão política das solenidades de inauguração dos prédios constituem forte indício do prestígio social do Colégio Estadual e da Escola Normal. Já o seu alunado foi constituído de jovens (rapazes e moças) oriundos de família tradicionais da elite campinense e regiões circunvizinhas. Tais achados permitem considerar que a trajetória das instituições, no período aqui analisado, evidencia a tensão entre elitização e democratização do ensino secundário campinense, nas décadas de 1950-1960.
Revisão: Os Autores O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
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Neste texto, relatamos a experiência vivenciada no projeto de extensão “Ensino de Libras como L2: formação de professores de Libras”- UFCG/PROBEX 2018, que teve como objetivo maior promover a formação de docentes surdos e discentes de Letras Libras (surdos e ouvintes) para o ensino de Libras como L2, respaldadas no interacionismo sóciodiscusivo e na educação bilíngue para surdos. Para isso, apresentamos as ações desenvolvidas: estudos teóricos; vídeos com gêneros sinalizadores do PROBEX 2017; e propostas de didatização dos gêneros elaboradas pelos extensionistas para o ensino de Libras como L2. Acreditamos que esse processo formativo contribuiu para redimensionar suas concepções e práticas pedagógicas de ensino de Libras (L2).
Palavras-chave: Extensão na UFCG. Educação de surdos. Formação de Professores Libras (L2). Gêneros Sinalizadores.
Este estudo apresenta a Escola Normal Estadual de Campina Grande (1960), primeira instituição pública da cidade para formação de professoras. Consideramos a relevância do estudo na temática de instituições escolares, concebendo a escola enquanto produto da sociedade (Tanuri, 2000, Nosella E Buffa, 2013; Saviani, 2007), recorremos às fontes documentais, periódicos das décadas de 1950 e 1960. A partir da análise, pudemos conhecer as prerrogativas educacionais pública para esse município, identificamos os principais sujeitos envolvidos na criação da escola. Destacamos como relevante o período nacionalista desenvolvimentista nos discursos dos dirigentes locais e como resultados o descompasso temporal da criação da escola, bem como o envolvimento do governador Pedro Moreno Gondim em proporcionar para cidade uma Escola Normal para moças.
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