No estado do Maranhão, a Festa do Divino Espírito Santo acontece principalmente em terreiros de candomblé e tambor de mina. Interessa-nos aquela realizada na Casa Fanti Ashanti em São Luís (MA), cujo formato foi trazido para São Paulo por meio do processo migratório, tendo como abrigo a Associação Cultural Cachuera, no bairro de Perdizes. Objetiva-se a compreensão sobre o movimento que a Festa do Divino faz mantendo a tradição, mesmo em outro espaço e sob novas condições de realização. Para tanto, o foco principal está na atuação das Caixeiras do Divino, bem como em todos os seus cerimoniais e cenários. A partir de leituras, pesquisa de campo e coleta de relatos orais, é possível dizer que o acesso a dimensões temporais diversas (passado, presente e futuro) é acionado quando a Festa se materializa: a temporalidade do pretérito afronta o tempo linear e acelerado do urbano e aponta para o futuro utópico, em meio a contradições. A condição socioespacial receptora da Festa sacraliza o espaço vivido, ou espaço de representação, durante os dias festivos, bem como reverencia a Festa originária, outrora realizada na Casa Fanti Ashanti.
É sem demora que inicio os meus agradecimentos às pessoas que talvez sem querer ou perceber, contribuíram muito para a realização da minha pesquisa. Em primeiro lugar vem a minha família: às minhas irmãs Creusa e Maria Inês que me auxiliou com as traduções para o inglês dos resumos de publicações, bem como a desta dissertação. Aos meus irmãos João e Toninho (que nos deixou saudades). Aos meus cunhados Nilson, Enoque e Quitéria, e também aos meus sobrinhos Kedma, João Paulo, Elisabeth, Marcos, Marcelli e Juliany, pelo carinho e apoio. À família jauense, parentes aos quais a pesquisa me aproximou: tio Luiz e tia Clarice, Isabel, Joaquim, Priscila, Geraldo, tia Nena, Carlo... Para a parte que migrou para São Paulo, também faço meus agradecimentos: tio Pedro e tia Maria, tia Albertina e tio João. Na roda de amigos, os momentos de desabafos, desesperos, alegrias, ansiedades, todas as emoções que se fazem presentes no corpo e na alma do pesquisador. Lembrarei então nomes que me aturaram, me sustentaram, me entusiasmaram, acabaram comigo e me ressuscitaram. Cacá, com quem muito dividi as minhas dúvidas, estando sempre entre as primeiras pessoas a ler meus textos, a opinar e a discutir sobre eles. Ao Cacá devo a capa desta dissertação. Sinthia, que demonstrou durante o mestrado inteiro, disposição para me ajudar e me escutar. Sua presença foi uma grande contribuição e incentivo para a pesquisa. No tocante à parte prática, deu o pontapé inicial na confecção dos mapas além de ter me acompanhado em um trabalho de campo. Sueli, grande companheira e amiga, sempre conjugando a sua pesquisa e a minha, sempre dando dicas e oportunidades para discutirmos juntas sobre as nossas hipóteses e metodologias; sempre ao lado, atenta para qualquer que seja o pedido de socorro. Não tenho nem palavras para expressar o quanto foi importante para mim essa convivência na troca de angústias, descobertas e alegrias. Eli com quem em meio às conversas, troquei impressões e bibliografias, diante de temas de investigação científica em comum. pdfMachine A pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, simply open the document you want to convert, click "print", select the "Broadgun pdfMachine printer" and that's it! Get yours now! 5 Carlos, que me oferecia seus ouvidos nos momentos de maior angústia, em que parecia que a pesquisa não tinha razão de ser. E não só me ouvia como falava, e muito, sobre isso tudo, levantando a minha cabeça e me mostrando que sou pesquisadora. Denise, que me auxiliou com as transcrições das entrevistas, garantindo a boa escrita e a autenticidade da fala. Herbert, meu amiguinho, que além de me auxiliar também com as entrevistas, discutia comigo o seu conteúdo, dando-me dicas de leituras e opiniões sobre meus textos. Alexandrina, minha querida amiga Alexandrina, pelo carinho, pelos ouvidos e atenção que me dedicou logo no início do mestrado. Mira, que me indicou leituras e propost...
RESUMO:São muitas as manifestações da religiosidade popular no Brasil que, uma vez trazidas pelos colonizadores portugueses, aqui foram traduzidas em diferentes linguagens, conforme a realidade de cada localidade. Este processo histórico nos fornece um leque de questões e possibilidades de investigação visto que tais manifestações tidas hoje como tradicionais, folclóricas ou religiosas, persistem articulando contraditoriamente o passado e o presente. Com o objetivo de estudar a Festa do Divino Espírito Santo que acontece em Mogi das Cruzes, no contexto do processo de urbanização, entende-se a Festa do Divino como um ritual dinâmico no tempo e no espaço, ajustandose à realidade a qual se insere, mas mantendo alguns de seus aspectos mais essenciais, entre eles, o caráter popular. PALAVRAS-CHAVE:Cultura; Tradição; Popular; Religiosidade; Festa. ABSTRACT:There are many popular religiousness manifestations in Bazil that, once brought by the Portuguese colonizers, here were translated to different languages, according to the reality of each place. This historical process offers us a lot of questions and possibilities of investigation, due to the fact that such manifestations, nowadays considered as traditional, folkloric or religiousness, persists articulating in a contradictory way the past and the present. With the objective of studying the Holy Ghost Party that happens in Mogi das Cruzes, in the context of urbanization process, the Divine Party is understantood as a dinamic ritual in the time and in the space, adjusting itself to the reality of which it is inserted, but keeping some of its more recent aspects, among them, the popular character. KEY WORDS:Culture; Tradition; Popular; Religiousness; Party. Palavras introdutóriasEste artigo é resultad o de pes quisa realizada para a tese de doutorado (defendida em 2007). A e sc ol ha d o te m a re sult ou d o afunilamento de uma preocupação mais ampla, que abarcava a cultura caipira, sobretudo no q ue d iz r es p ei to à r e li gi os id ad e p op ul ar, presente na região metropolitana de São Paulo. Desta forma, toda festa popular, de vários
Objetivou-se, nesse estudo, analisar espacialmente as manifestações da cultura nordestina presentes no município de Sorocaba, decorrentes de movimentos migratórios atraídos pela oportunidade de emprego local. Coube ao trabalho identificar parte desse cenário cultural nordestino na tentativa de se compreender os locais que abrange, bem como se estes permanecem uniformes ou fragmentados, homogêneos ou heterogêneos no cotidiano do migrante e do descendente nordestino. Buscou-se, ainda, entender a presença do CCTN (Centro Cultural de Tradições Nordestinas) de Sorocaba na vida dos migrantes e dos descendentes, bem como na política, na cultura e na sociedade local como um todo.
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