Bringing together a genealogy of authors, concepts, and aesthetic case studies, this article aims to contribute to the discussion on ordinary aesthetics by focusing on the tensions that are intrinsic to walking as a fundamental embodied action in everyday urban life. These tensions concern the movement of walking itself and its relation to one’s surroundings, but it also concerns a certain complementarity between home (familiarity) and wandering. Experiencing space and thresholds that disrupt one’s relationship with home and the everyday can be understood as part of a modern “anti-home” tendency that lies at the core of several artistic and aesthetic practices. On the other hand, the study of walking and its relationship with the ordinary has also been enhanced and complexified by the mediation of images and technologies of reproduction. Approaching the paradoxes and ambiguities of everydayness from the perspective of walking allows us to better understand the ordinary as an in-between concept composed of evidence and mystery, familiarity and strangeness. Walking itself, as an ordinary element of life, is an unstable stabilisation, an unconsciousness that may become awareness, an immersive action that knows interruptions, a way of repeating paths that can also lead to detours and discoveries.
1 rESumo: Analisando o papel desempenhado pela questão da técnica no pensamento de Walter Benjamin, o artigo debruça-se sobre a transformação dos valores estéticos, na modernidade. As técnicas de reprodução/registo inventadas nos séculos XIX e XX, como a fotografia e o cinema, obrigaram a uma revisão das articulações entre arte, técnica e história, articulações que Benjamin desenvolveu em diversos sentidos. Contudo, não encontramos, nos seus textos, uma filosofia da técnica de princípios claramente estabelecidos. Portanto, o presente artigo visa estabelecer uma constelação de temas, os quais, brotando dos seus textos, nos permitem clarificar como a técnica influencia a transformação e a criação de valores estéticos, sendo estes entendidos como eixos em torno dos quais se dão a produção e a crítica dos fenómenos estéticos. A fotografia, constituindo um momento de viragem incisivamente estudado pelo autor, é o fio condutor das diferentes leituras. Historicidade da percepção; dimensão política da arte; sua relação com a memória; elemento de jogo: são estes os quatro eixos em torno dos quais se procura clarificar e, sempre que possível, prolongar a proposta benjaminiana. PAlAvrAS-cHAvE:Técnica. História. Política. Memória. Jogo. ArtE, técnicA E HiStóriAWalter Benjamin foi um dos primeiros autores a debruçar-se sobre as implicações do advento das técnicas de registo/reprodução, tais como a fotografia ou o cinema, para a compreensão das transformações artísticas, na modernidade. Contudo, essa atenção não desembocou numa filosofia da técnica, de princípios claramente estabelecidos, mas sim num conjunto de textos, ou de observações pontuais, que incidem quase sempre em objectos de estudo concretos e em situações históricas particulares. Neste sentido, o presente artigo propõe-se elaborar uma constelação de temas que, extraídos dos seus textos, nos permitem clarificar o papel da técnica na transformação e criação de valores estéticos, sendo estes entendidos como eixos em torno dos quais circulam a produção e a crítica dos fenómenos estéticos. Essa
RESUMO O presente artigo debruça-se sobre o papel que o conceito de “presença de espírito” (Geistesgegenwart) desempenha no pensamento de Walter Benjamin, aprofundando linhas de interpretação que se articulam com outros conceitos relevantes, como os de “atenção” (Aufimerksamkeit) ou “tempo do agora” (Jetztzeit). São analisados os elementos da obra de Benjamin que desenvolvem a importância filosófica da presença de espírito, sublinhando-se a sua dimensão corpórea e a sua pertinência estética e crítica. A análise incide sobre cinco linhas de interpretação que de diferentes modos se entrecruzam: (i) a presença de espírito é uma forma de pensamento/acção que deve ser cultivada como modo de lidar com a vivência do choque; (ii) ter presença de espírito é uma atitude que pode ser exercitada; (iii) “agarrar o dia” envolve o corpo e pressupõe uma experiência do tempo intensivo; (iv) a presença de espírito é uma instância conceptual que integra elementos relativos ao jogo; (v) valorizando o presente, a presença de espírito implica uma relação entre perigo e gesto crítico – na reflexão histórica e política de Benjamin, esse gesto entrelaça a dimensão individual e a dimensão colectiva.
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