ResumoNeste texto, apresentamos um ensaio teórico sobre a construção não-binária de gêneros, no qual destacamos o processo educativo como privilegiado para socialização de adolescentes, jovens e adultos, seja para manutenção, seja para (des)(re)construção de signos e significados que permeiam as identidades. Partimos da problematização das diferenças entre características naturais supostamente pré-discursivas e processo socioculturais para a compreensão de uma estruturação binária na concepção de gênero. Buscamos ainda debater a construção realizada no espaço escolar acerca dos saberes sobre corpos, identidades e socializações. Com isso, propomos uma ação questionadora dos posicionamentos que as escolas têm assumido, de forma a repensar os contornos nos quais a pluralidade identitária pode ser trabalhada. Palavras-chave: Binarismo de gênero; Socialização escolar; Identidades INTRODUÇÃOEsse trabalho é fruto da inquietação acerca dos processos de construção das identidades e expressões de gênero, bem como seu enlace com o processo de socialização escolar. As identidades dos sujeitos vão se produzindo ao longo da vida, num processo de reprodução de outras já estabelecidas, ou de repulsão. O indivíduo se apropria dos comportamentos de sexo e gênero a ele estabelecidos e os ressignifica interiormente, aceitando ou rejeitando-os. Nesse
O artigo se propõe a problematizar os atravessamentos entre educação em Ciências e Biologia e a abordagem das diversidades sexuais e de gêneros na escola. Tomamos como base as análises produzidas em uma pesquisa com professoras de Ciências e Biologia sobre gêneros não-binários. As análises inspiram-se nos estudos pós-críticos, que nos possibilitam lidar com as ciências, a educação, os gêneros e sexualidades como categorias históricas, sociais e culturais, constituídas nos jogos de poder e de linguagem. Sobretudo, direcionamos nosso olhar para currículos e conteúdos curriculares: tanto os forjados na cisheteronormatividade, que assumem narrativas científicas e ditas neutras, quanto os que desestabilizam conhecimentos e práticas normativas e anunciam outras relações, gêneros e sexualidades. Apostando no questionamento e na provocação, arriscamo-nos a ensaiar possibilidades para pensar as relações entre os currículos de ciências e biologia, as narrativas acerca dos gêneros e das sexualidades e a produção de experiências de estudantes e docentes. PALAVRAS-CHAVE: Educação em Ciências e Biologia; Diversidade sexual e de gênero; Currículo.
Neste artigo, apresentamos uma argumentação teórica acerca da construção curricular e história das disciplinas escolares de Ciências e de Biologia e suas relações com os saberes do campo de gênero e sexualidade. Partimos da apresentação e problematização de uma das entrevistas que compuseram a pesquisa “Diversidade de Gêneros e Ensino de Biologia: casos de prazeres e corporeidades não-binárias” para, então, pensar como essas disciplinas se constituem, legitimando, ou não, determinados conhecimentos e conteúdos curriculares. Com isso, propomos uma ação questionadora dos posicionamentos que os currículos vêm promulgando, de forma a repensar os contornos nos quais a sexualidade tem sido delimitada na área das Ciências Biológicas.Palavras-chave: Currículo. Ensino de Biologia. Sexualidade. “Really biological”: tensions between biology education, curriculum and sexualityABSTRACTIn this article, it is introduced a theoretical argumentation about curricular construction and scholar disciplines story of Science and Biology, and its relations to the knowledge about gender and sexuality. We started from presentation and questioning of one of the interviews that were included in the survey “Gender Diversity and Biology Education: Case of pleasures and corporealities non-binary” to then, think how these disciplines are legitimizing, or not, certain knowledge and content curriculum. Therefore, we propose an action questioning of the positions that curriculum have been promulgating in order to rethink the contours in which sexuality has been defined in the area of Biological Sciences.Keywords: Curriculum. Biology education. Sexuality. “Bien biológico mismo”: tensiones entre la enseñanza de la biología, currículo y sexualidadRESUMENEn este artículo, presentamos una argumentación teórica acerca de la construcción curricular y de la historia de las disciplinas escolares de Ciencias y de Biología y sus relaciones con los saberes del campo de género y sexualidad. Partimos de la presentación y de la problematización de una de las entrevistas que compusieron la investigación “Diversidad de Géneros y Enseñanza de Biología: casos de placeres y corporeidades no binarias” para entonces pensar en cómo esas disciplinas se constituyen legitimando o no determinados conocimientos y contenidos curriculares. Por ello, proponemos una acción cuestionadora de los posicionamientos que los currículos vienen promulgando, de forma a repensar los contornos en los que la sexualidad ha sido delimitada en el área de las Ciencias Biológicas.Palabras clave: Currículo. Enseñanza de Biología. Sexualidad.
O artigo, baseado em uma pesquisa de mestrado em educação, tem como objetivo discutir questões relacionadas a gênero, binaridade e não-binaridade de gênero, identidades e diferenças, a partir de excertos das narrativas de três jovens que se identificam como pessoas não-binárias, construídas a partir de entrevistas-narrativas durante os anos de 2016 e 2017. Com as narrativas selecionadas, analisa-se como os sujeitos vão construindo identidades e diferenças, tendo como parâmetros os mecanismos instituídos pelas normas binárias de gênero; como os sujeitos expressam em seus corpos a identificação e a diferenciação em relação à matriz de inteligibilidade binária de gênero; e, por fim, as experiências de desconforto e violências experienciadas pelos sujeitos, que negociam seus modos de ser, agir, sentir e pensar na relação com outros. Palavras-chave: Gênero. Não-binaridade de gênero. Identidades. Diferenças. Narrativas.
O artigo se propõe a pensar nas possibilidades de análise que se produzem quando se relaciona as categorias gênero, identidade e juventude. O cerne da escrita se organiza com as narrativas de jovens e suas experiências com a não-binaridade de gênero construídas a partir de uma pesquisa de mestrado em educação. Ao narrar experiências, esses sujeitos nos possibilitam (re)inventar modos de pensar as identidades, os sentidos de pertencimento e a materialidade que tais sentidos expressa em suas existências. As narrativas também nos dão pistas de como os sujeitos vão inventando estratégias de negociação e conflito com as normas, tomando como mote a questão do nome como expressão desse processo.
Neste artigo, apresento reflexões inseridas no campo do gênero e da sexualidade estabelecendo uma relação com as movimentações de estudantes secundaristas. Destaco essas movimentações como espaços privilegiados para a socialização e para a (re)construção de sentidos, identidade e saberes sobre diferença e diversidade. Parto de narrativas produzidas por jovens estudantes do Ensino Médio do estado do Rio de Janeiro em uma entrevista e em uma roda de conversa realizada em uma escola pública ocupada por estudantes no mesmo estado. Proponho pensar a construção realizada no espaço escolar e nesses movimentos acerca dos saberes sobre identidades, diferenças e realidades discentes, debatendo uma ação questionadora dos posicionamentos assumidos.
O artigo se propõe lançar olhar sobre os currículos que são produzidos a partir de artefatos culturais. Utilizamos como recorte um material audiovisual produzido por jovens de identidade sexuais e de gênero marginalizadas que dizem dessas identidades e marginalizações. Nesse sentido, analisamos os discursos sobre transexualidade que se constroem em um canal do site YouTube, o Canal das Bee. As análises utilizam-se dos estudos culturais e pós-estruturalistas do campo do currículo, que nos possibilitam lidar com os discursos, os artefatos culturais, a educação, os gêneros e as sexualidades como categorias históricas e sociais, constituídas nos jogos de poder e de linguagem. Pensamos o Canal enquanto um currículo que influencia as juventudes e discutimos as verdades construídas acerca da transexualidade e suas (des)subjetivações.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.