A dor é uma experiência multidimensional que gera desconforto físico e desencadeia muitas respostas afetivas e emocionais. Na população idosa a prevalência de dor é elevada, e dentro da oncologia a dor é o sintoma mais frequente e de difícil controle. Considerando que a dor crônica na população geriátrica evidencia-se enquanto uma situação estressora, e há uma grande variabilidade na forma de enfrentar tais situações, o presente estudo tem como objetivo analisar a percepção do idoso oncológico hospitalizado e as estratégias de enfrentamento utilizadas por este diante da dor crônica. Trata-se de um estudo exploratório, de natureza qualitativa e descritiva, através do qual foi realizado estudo de caso com cinco participantes. Foi utilizada a técnica de entrevista semiestruturada e a análise dos dados foi realizada segundo o método de Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados destacaram que os participantes significam a experiência de dor como uma vivência negativa, gerando e intensificando o isolamento e sentimentos de irritação, bem como evidenciaram a religiosidade e a espiritualidade enquanto principais estratégias para minimizar os impactos negativos advindos do adoecimento e tratamentos contínuos. O entendimento da maneira de enfrentamento da dor pode auxiliar profissionais de saúde na análise de fatores que influenciam na mesma, assim como na adequação de possíveis estratégias de enfrentamento disfuncionais no contexto de saúde, auxiliando o idoso no tratamento e em sua qualidade de vida.
O objetivo foi analisar os eventos considerados estressantes por pessoas idosas negras. Participaram 11 pessoas idosas autodeclaradas negras (9 mulheres e 2 homens), com idades entre 60 a 83 anos. A estratégia metodológica utilizada foi a Entrevista Narrativa e a análise foi realizada segundo método de análise qualitativa, proposto por Schutze. Os eventos vivenciados antes da velhice envolveram conflito e violência no relacionamento conjugal, adoecimento, trabalho, morte e luto, restrições materiais, família e discriminação racial. Na velhice, permearam os temas da saúde e autonomia, descendência, afetividade e suporte social, discriminação e as condições materiais. Observou-se que as vivências ocorridas ao longo da vida apresentaram eventos não normativos marcados pelo contexto social de desenvolvimento da população negra e feminina. Os eventos da velhice abarcaram situações encontradas em outros estudos com a população idosa em geral e eventos relacionados ao racismo vigentes desde a juventude.
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