RESUMOO objetivo desse trabalho foi relatar um caso de cromodacriorréia, em Golden Retriever, causada por entrópio, e assim contribuir para a literatura e auxiliar o clínico de animais de companhia na especialidade de oftalmologia. Atendeu-se um cão, no Setor de Oftalmologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Jataí, da raça Golden Retriever, com 18 meses de idade, sob queixa principal de cromodacriorréia bilateral há seis meses, não responsiva a tratamentos anteriores com colírios antibióticos, lubrificantes e modificação da dieta. Durante o exame oftálmico foi observada cromodacriorréia bilateral acentuada, bem como discreta hiperemia conjuntival. Observou-se no olho esquerdo uma inversão acentuada da pálpebra inferior, enquanto do lado direito, discreta inversão. A prova de tingimento pela fluoresceína foi negativa. O teste de Jones foi positivo para ambos os lados evidenciando drenagem eficiente da lágrima e normalidade do ducto nasolacrimal. Concluiu-se que o animal apresentava a cromodacriorréia bilateral devido ao entrópio e foi realizada blefaroplastia Hotz-Celsus.

O objetivo do presente trabalho é apresentar uma rápida e prática revisão de literatura sobre as particularidades da anestesia geral para cães e gatos com oftalmopatias, fazendo um breve relato das principais considerações que o anestesista deverá ter em vista, frente ao paciente com alteração ocular. Frequentemente são utilizados barbitúricos, propofol, agonistas dos receptores α2-adrenérgicos, benzodiazepínicos, fenotiazinas e opioides em protocolos para anestesia geral de procedimentos cirúrgicos oftálmicos em cães e gatos, podendo promover alterações na pressão intraocular, na produção lacrimal, no tamanho da pupila, na centralização do olho, nos reflexos palpebral, corneal e oculocardíaco. A elaboração de um protocolo anestésico para determinado paciente envolve não apenas a escolha apropriada do agente anestésico, mas também um plano de conduta capaz de assegurar a qualidade do resultado pós-operatório. Isto requer conhecimento do estado físico do paciente e do procedimento oftálmico específico a ser realizado, além de familiaridade com a fisiologia e farmacologia ocular.

Although pyometra is a common disease, the mechanisms that determine cervical opening remain unknown. Knowing that the vascular structures are crucial in pathophysiology, it was observed need for hemodynamic studies assessing uterine artery of female dogs with pyometra and its relation to the neck opening. Thirty-five female dogs were selected and separate into three groups: control group (CG) (n = 12), open-cervix pyometra group (OCG) (n = 11) and closed-cervix pyometra group (CCG) (n = 12), with the objective of evaluating and comparing the hemodynamic changes of the uterine artery [peak systolic velocity (PSV), end diastolic velocity (EDV), and resistance index (RI)] in female dogs with open- and closed-cervix pyometra and correlate them with measurements of uterine diameter (UD) and endometrial thickness (ET). The correlation analysis showed that, with the exception of PSV, the hemodynamics indices were associated with UD and ET, presenting a moderate and positive correlation between UD and EDV (r = 0.62; P<0.01), a moderate and negative correlation between UD and RI (r =-0.68; P<0.01) and also moderate and negative correlation between ET and RI (r = -0.62; P<0.01). These results suggest that alterations of uterine artery hemodynamics are similar in dog females with open- or closed-cervix pyometra, although the UD and the ET can influence in the uterine perfusion.