O presente artigo é um recorte atualizado da pesquisa (Trans)Formações do Palhaço: História dos Tipos e Técnica na Arte da Palhaçaria (2014). A investigação buscou compreender a constituição da figura do palhaço. Por meio de diversas referências. Os principais tipos clássicos, especialmente a dupla cômica Branco e Augusto e o Contra-Augusto, identificando algumas de suas características. Acredita-se que a diversidade encontrada em diversos contextos influenciou as concepções de palhaço presentes na contemporaneidade. Com essa contribuição é possível, portanto, refletir sobre como a arte da palhaçaria vem se desenvolvendo culturalmente.
No presente artigo, discorreu-se sobre a montagem do espetáculo de rua Das saborosas aventuras de Dom Quixote de La Mancha e seu escudeiro Sancho Pança - um capítulo que poderia ter sido (2006), uma livre adaptação do clássico Dom Quixote de la Mancha (1605), de Miguel de Cervantes, dirigida por André Carreira. O objetivo é compreender a ocupação do espaço urbano enquanto espaço cênico, investigando a rua como possibilidade dramatúrgica. Para a análise, elencou-se o conceito de teatro de invasão, proposto por André Carreira, e inaugurou-se a categoria de ‘organiCidade’. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com o diretor do espetáculo e os integrantes do grupo Teatro que Roda, as quais puderam elucidar o processo de criação do coletivo e de composição cênica proposta para a montagem. Compreende-se que a ocupação deste espaço social produz múltiplas camadas de significação da, para, com e pela rua e exige ampliar a noção de espacialidade no campo das Artes da Cena.
André Carreira (1960) inaugurou práticas e teorias de suma relevância para o teatro latino-americano. Neste diálogo, o diretor fala do início de sua carreira e das principais influências artísticas que permeiam sua história. Além disso, dá pistas do conceito de cidade e da noção do espaço urbano como dramaturgia e esclarece sua compreensão acerca dos termos espaços convencionais e não convencionais, teatro na cidade, teatro na rua, teatro de rua, dentre outros. A entrevista semiestruturada foi dividida em três partes: a primeira aborda os aspectos gerais acerca das formas teatrais e do espaço urbano; a segunda enfatiza o teatro na rua, e a terceira expõe a experiência com o grupo Teatro que Roda (Goiânia/Goiás/Brasil). A oportunidade do encontro se deu presencialmente, em 2014, na ocasião em que o entrevistado participava de um projeto na cidade de Goiânia. Carreira teve acesso à transcrição bruta do material, que também foi revisado por ele antes dessa publicação.
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