Objetivo: Analisar o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM) enquanto um dispositivo info-comunicacional. Método: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa. O DSM foi analisado a partir da proposta de Foucault (1977), para quem um dispositivo é definido pela estrutura de seus elementos heterogêneos e pela sua gênese. Resultado: A primeira edição do Manual, o DSM-I, foi elaborada pela então American Medico-Psycological Association, que viria a ser a American Psychiatric Association (APA), e publicado em 1952. A ele, seguiram-se quatro edições: o DSM-II, o DSM-III, o DSM-IV e o DSM-5. O DSM-5 foi lançado nos Estados Unidos em 2013 e conta com vinte e duas grandes categorias de transtornos mentais. Ele foi produzido pela APA e contou com uma extensa rede de colaboradores para sua elaboração. Seu público-alvo são clínicos que buscam uma nomenclatura oficial para diagnóstico, estudantes e pesquisadores. Conclusões: Esse dispositivo info-comunicacional conseguiu se estabilizar com o DSM-III, mantendo-se estável no DSM-IV e no DSM-5. Porém, os movimentos contrários ao DSM surgidos com a publicação da atual edição demonstram uma insatisfação com o sistema de classificação vigente, pois a fabricação de doenças mentais parece favorecer cada vez mais o mercado da psicofarmacologia. Seriam esses movimentos capazes de levar ao esmaecimento e futuro colapso desse dispositivo info-comunicacional? Ou à sua transformação? São necessários estudos, de caráter interdisciplinar, para esclarecer esses questionamentos.
Objetivo: Verificar a percepção de pais e profissionais sobre os benefícios do uso da biblioterapia como recurso auxiliar no desenvolvimento de crianças com TEA. Metodologia: Fundamentada na pesquisa bibliográfica, a parte teórica inicia com visão de vários autores sobre o TEA para depois apresentar a biblioterapia, e em especial o seu uso como recurso auxiliar no tratamento de crianças com o transtorno. Na parte empírica, realizou-se um estudo de campo de abordagem qualitativa, cujos dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistadas 26 pessoas, entre pais, pedagogos, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros. Resultados: A partir da análise das entrevistas foi possível observar os benefícios que a biblioterapia pode fornecer no tratamento dos principais déficits do transtorno e do efeito positivo no processo de desenvolvimento de crianças com TEA. Além disso, pôde-se perceber que é possível trabalhar a leitura com as crianças que possuam o TEA em graus leve e moderado, embora não tenha sido conclusiva a questão do uso da leitura com crianças de grau severo. Conclusões: O presente estudo apresentou evidências sobre os benefícios da biblioterapia em crianças com TEA. Apesar de resultados animadores, sente-se a necessidade de estudos mais amplos do impacto que essa terapia alternativa pode ter na vida dessas crianças.
Esse artigo busca discutir a importância da biblioterapia como possibilidade a ser considerada por pesquisadores, professores e alunos em tempos de COVID-19 e sugere que essa temática seja inserida no currículo dos cursos de Biblioteconomia, uma vez que o bibliotecário, em parceria com outros profissionais, é capaz de atuar com competência nesta área. A pandemia impôs, aos brasileiros e ao mundo todo, o isolamento repentino de pessoas, causando angústia e medo constantes do contágio e da morte, sentimentos que produzem uma sensação de impotência e ansiedade. Mesmo assim, pesquisadores precisam continuar com suas pesquisas e docentes e discentes precisam continuar com as aulas de modo remoto sem ter se preparado para tal. Nesse contexto, a biblioterapia surge como uma alternativa para proporcionar um afastamento momentâneo e necessário da realidade e aliviar esses sentimentos opressivos que ela gera. Adotando a metodologia da pesquisa bibliográfica, o artigo centra sua estrutura na conceituação e breve histórico da biblioterapia; na discussão sobre as alternativas que a biblioterapia pode oferecer para aliviar frustrações e ter efeito positivo no rendimento de pesquisadores, professores e alunos em meio à pandemia; e na proposição de que a biblioterapia seja incorporada no currículo dos cursos de Biblioteconomia de variadas formas. Conclui-se que a biblioterapia é uma alternativa viável para ajudar a manter a saúde mental dos pesquisadores, docentes e discentes e pode auxiliar a manter a união mesmo com a distância física. Além disso, fica evidente a importância de incorporar a biblioterapia nas discussões dos cursos de graduação de Biblioteconomia nas universidades e promover a interação com outras áreas em projetos interdisciplinares de ensino, pesquisa e extensão, gerando produção de conhecimento e práticas enriquecedoras.
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