A partir das reflexões sobre a subalternidade e como esse conceito é experienciado nas periferias do capitalismo, o presente artigo pretende analisar a temática do processo de marginalização das personagens da autora brasileira Ana Paula Maia. Para o intento desta pesquisa, o foco será nas obras que compõem a saga dos homens brutos, a saber: Entre rinha de cachorros e porcos abatidos (2009a), O trabalho sujo dos outros (2009b) e Carvão animal (2011). Para essa pesquisa, seguindo o rastro da subalternidade, é notória a formação desses personagens a partir da violência brutal que os acomete, a qual traz como consequência o esvaziamento e a desilusão do mundo. Consoante esse processo de deformação, o trabalho surge como motor de amoldamento impetuoso da identidade desses homens, pois, a partir do labor que exercem, o qual demanda desses personagens uma postura de submissão, começam a se assemelhar mais aos animais que aos humanos. Para a construção dessa cosmologia dos detritos dos grandes centros urbanos, investigaremos também como a autora consegue articular a temática da marginalização ao processo de deformação da humanidade dos personagens. Para o intento da pesquisa, traremos à baila as contribuições de Gayatri Chakravorty Spivak (2010) e Giorgio Agamben (2002).
RESUMO:Este trabalho propõe a interpretação da questão da Morte na poesia de Max Martins, entendida como plenificação humana. Hoje, a Morte reduziu-se a conceitos, e passa, comumente, a não mais ser vista como questão que provoca o pensamento. Isto ocorre em função do esquecimento da questão do Ser, o qual caracteriza nossa era. Paralelamente, o questionar e o pensar foram engessados devido à interpretação da tradição metafísica sobre o real. Porém, em Max Martins, principalmente na obra O estranho (1952), por meio do exercício da memória e do relembrar dos mortos, o homem pode novamente vislumbrar seu destino e questionar-se sobre este fenômeno constitutivo da existência. Assim o fazendo, a experiência da Morte passa a ser vista como o télos da vida, a plenificação da existência humana. Para o desenvolvimento deste trabalho, propomos um diálogo, entre outros, com os pensadores Martin Heidegger (2012) e Heráclito de Éfeso (1991). PALAVRAS-CHAVES: Max Martins. Morte. Memória.ABSTRACT: This paper proposes the interpretation of the question of Death in the poetry of Max Martins as human fullness. Today Death became a concept, and the questioning of this phenomenon is not contemplated. This concept comes from the forgetfullness of the question of Being, which characterizes our time. At the same time, the question and thinking were plastered due to the interpretation of the metaphysical tradition of the real, but in Max Martins, especially the work O estranho (1952), through the exercise of memory and remember the dead, man can again glimpse the fate and wonder again. Thus, the death experience is the télos of life, fullness of human existence. Therefore, we propose a dialogue with the works of the thinker Martin Heidegger (2012), and the poet Heraclitus of Ephesus (1991).
A repercussão do ensaio de Gayatri Spivak Can the Subaltern Speak? (1985/1988) foi internacionalmente grande, mas menos conhecida é sua modificação sobre a visão interpretativa do termo “sujeito subalterno” no livro A Critique of Postcolonial Reason (1999), na parte “História”. Em 2000, a autora participou do congresso da ABRALIC (Terra & Gentes), em Salvador da Bahia, mas não deixou rastros no Brasil - até a tradução do ensaio como livro, Pode o Subalterno falar?, pela editora da UFMG, em 2010. O artigo proposto acrescenta a nova conclusão, a fim de completar a importância da revisão da autora sobre seu posicionamento no debate sobre a subalternidade.
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