Analisar a soroprevalência das infecções pelos vírus das hepatites A (VHA), B (VHB) e C (VHC) e avaliar a situação vacinal para o VHB de indivíduos atendidos na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais, em Belém, estado do Pará, Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletados dados epidemiológicos dos participantes relacionados às hepatites virais, por meio de questionário semiestruturado, e amostras de sangue para análise dos marcadores sorológicos anti-VHA total e IgM, HBsAg, anti-HBs, anti-HBc total e anti-VHC e testes de biologia molecular nas amostras anti-VHC reagente ou inconclusiva. RESULTADOS: Entre as 299 amostras testadas, obteve-se prevalência de anti-VHA total de 64,9%, sendo 42,6% do sexo feminino e 57,4% do masculino. Não foi detectada amostra reagente para anti-VHA IgM. O HBsAg foi reagente em 1,7%, enquanto o anti-HBs/anti-HBc em 5,0%, o anti-HBc isolado em 2,0% e o anti-HBs isolado em 32,4%. Quanto ao VHC, 0,7% das amostras apresentaram anti-VHC reagente. Quanto aos fatores de risco, história de cirurgia prévia (63,9%) foi o mais prevalente. CONCLUSÃO: Observou-se alta prevalência para VHA e baixa soroprevalência de infecção pelo VHB. Porém, detectou-se alta porcentagem de pacientes susceptíveis à infecção pelo VHB, contrastando com o fato de existir vacina para a prevenção contra o vírus disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Em relação ao VHC, houve baixa soroprevalência do anti-VHC. É importante que haja intensificação nas campanhas de vacinação contra esses vírus e de conscientização e promoção à saúde com ênfase em bons hábitos de higiene pessoal e alimentar.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente portadora de ureterolitíase que foi submetida à ureteroscopia, procedimento no qual ocorreram dificuldades devido ao histórico de radioterapia pélvica prévia da paciente. Detalhamento do caso: Paciente de 50 anos com história de dor lombar à direita a cerca de um ano com histórico de tratamento oncológico de braquiterapia para câncer de colo uterino. A anamnese revelou que a paciente já possuía história prévia de nefrolitíase, com cálculo de 1,6cm em pelve renal direita, mas após ser submetida à Litotripsia Extracorpórea por Onda de Choque (LECO), evoluiu com uropatia obstrutiva por impactação dos fragmentos de cálculo. Esse quadro levou a paciente a realização de tratamento endourológico. A realização de ureterolitotripsia endoscópica revelou ureter com estenoses em porção distal e paredes fibrosadas, relacionadas o tratamento radioterápico prévio. Considerações finais: Nesses casos, é necessário que o urologista esteja alerta aos antecedentes clínicos de cada paciente, pois – ao se deparar com histórico positivo, terá um sinal de alerta e estará mais preparado mediante possíveis dificuldades considerando que os efeitos adversos do tratamento radioterápico podem alterar os resultados esperados tanto da LECO quando da ureterolitotripsia endoscópica, impondo dificuldades significativas ao tratamento.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal realizado por busca na base de dados do referido hospital, utilizando o Código Internacional de Doenças (CID-10) para identificar as doenças fúngicas sistêmicas em prontuários dos anos de 2008 a 2017, com subsequente análise dos aspectos demográficos, epidemiológicos e clínicos dos pacientes. RESULTADOS: Foram encontrados 859 registros de doenças fúngicas sistêmicas, com prevalência de 2,5% sobre o total de internações no período. As patologias fúngicas diagnosticadas foram candidíase (41,2%), criptococose (36,1%), histoplasmose (10,0%), aspergilose (5,5%), paracoccidioidomicose (3,8%), pneumocistose (2,0%), micoses não especificadas (1,2%) e mucormicose (0,2%). A maioria dos pacientes era do sexo masculino (61,7%), da faixa etária de 20-59 anos (81,8%), com mediana de 34 anos de idade, procedente da Região Metropolitana de Belém (61,5%) e possuía de 1 a 3 anos de escolaridade (33,7%). Dois terços eram portadores de HIV/aids, sendo o óbito um fator determinante para o menor tempo de internação nesse grupo (p < 0,05). Do total dos pacientes, 19,7% foram a óbito, cuja principal causa foi a criptococose. Comorbidades e complicações não influenciaram nos óbitos. CONCLUSÃO: As doenças fúngicas permanecem como importantes causas de óbito, principalmente em imunossuprimidos. A criptococose ainda determina expressiva morbimortalidade, sendo um desafio em todo o mundo.
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Objetivo: Relatar o caso de uma paciente indígena diagnosticada com Osteossarcoma Condroblástico. Detalhamento do Caso: Paciente indígena, sexo feminino, 16 anos, previamente hígida, apresentou relato de queda de própria altura, evoluindo com dor em terço inferior da coxa direita e dificuldade de deambulação. Procurou atendimento médico na aldeia, porém, sem melhora. Foi encaminhada para serviços de alta complexidade. Após isso, foi investigada a lesão com biópsia e análise histopatológica, evidenciando Osteossarcoma Condroblástico com presença de metástases pulmonares. Evoluiu com osteomielite de difícil controle, então, decidiu-se realizar uma desarticulação coxofemoral direita e um esquema de quimioterapia adjuvante. Obteve-se boa resposta clínica. Neste caso, observou-se que a logística de organização da atenção à saúde indígena ainda apresenta muitas falhas, como falta de insumos, de recursos humanos e de comunicação. Além disso, o diagnóstico foi retardado e, quando feito, já apresentava metástases, denotando atividade de doença avançada. Considerações finais: O processo de diagnóstico, tratamento e acompanhamento oncológico de pacientes indígenas tanto no Pará como no Brasil é dificultado tanto por fatores de gestão e organização estrutural quanto por discrepâncias culturais.
Introdução: Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, da OMS, funcionalidade é a interação dinâmica entre a condição de saúde de uma pessoa, os fatores ambientais e fatores pessoais. No cenário do isolamento social, essas variáveis podem ser afetadas, modificando a funcionalidade de idosos. Deste modo, estudos sobre como a funcionalidade de idosos foi afetada durante a pandemia do COVID-19, auxiliam na segurança das condutas para essa população. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional dos idosos assistidos no serviço de saúde do GCC, durante o isolamento social pelo COVID-19. Métodos: Estudo transversal e descritivo, com amostra de 799 pacientes, avaliados mediante telemonitoramento. Foram incluídas pessoas com 60 anos ou mais, participantes do serviço de geriatria e gerontologia do Grupo Cynthia Charone e que aceitaram participar voluntariamente, mediante assinatura do estudo e aprovação do CEP. Resultados: Dos pacientes analisados, 40,7% estavam na faixa etária de 60 a 69 anos. Cerca de 84,1% apresentaram de 1-4 comorbidades, destacando-se HAS (60,2%), DM (24,8%) e OA (19%). 23,5% precisaram de ajuda para realizar atividades, 81% apresentou dificuldade de levantar da cadeira e 27,4% apresentou problemas de memória. Conclusão: No cenário da pandemia, doenças prévias incluem o paciente em um grupo de maior risco de desfechos desfavoráveis, assim, é importante prevenir o contágio nesta faixa etária, para reduzir possíveis incapacidades causadas pelo COVID-19. É preciso acompanhar pacientes que já possuem algum tipo de incapacidade, para atrasar a progressão de doenças crônicas.
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