O presente estudo tem por objetivo relatar a experiência das autoras em atividades realizadas enquanto acadêmicas de nutrição com pacientes psiquiátricos de um município da região central do Rio Grande do Sul. Portanto, o artigo refere-se a um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência desenvolvido a partir da avaliação antropométrica dos participantes, em que aferiu-se peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC), e da aplicação de um questionário elaborado pelas pesquisadoras sobre preferências e sabores alimentares, abordando questões acerca das refeições servidas aos pacientes e da funcionalidade do paladar dos mesmos. Além das atividades já mencionadas, organizou-se um momento lúdico com o objetivo de gerar interação entre as pesquisadoras e os pacientes, bem como, propiciar um ambiente diferente do habitual através da exposição de um filme infantil de classificação livre, reproduzindo uma sessão de cinema. A amostra do presente estudo foi n=9, sendo a maioria do sexo masculino (66,7%), com média de idade de 49,9 anos. A média de peso, altura e IMC foi de 85,9 kg, 1.69 m e 29,7 Kg/m², respectivamente. A classificação do IMC acima de eutrofia foi encontrada em 5 participantes. Quanto às refeições de maior e menor preferência tem-se o desjejum e os lanches, na devida ordem. Já acerca das percepções de paladar, de forma teórica, obteve-se um bom número de acertos, levando em consideração que alterações podem surgir devido ao uso de medicamentos e hábitos alimentares populares. Assim, conclui-se que apesar de atingir resultados esclarecedores e vivências únicas, tais temas necessitam de estudos mais aprofundados e com grupos maiores de pacientes.