Neste artigo objetivamos contribuir com a reflexão acerca da presença e permanência de quilombolas e dos seus saberes na universidade brasileira. O trabalho resulta de um “diálogo” estabelecido com três mulheres negras quilombolas: Rosimeire, Maria das Dores e Olindina Serafim. Os dados foram obtidos a partir da articulação entre uma fala proferida pela Rosimeire, ocorrida em uma mesa de discussão durante um Congresso Nacional de Pesquisa em Educação em julho de 2022, e duas entrevistas realizadas com Maria das Dores e Olindina Serafim em novembro de 2022. Consideramos que as reflexões trazidas pelas interlocutoras reforçam a imprescindibilidade da entrada e permanência de quilombolas na universidade, assim como dos seus saberes, reiterando indicações de Gomes (2007;2017) e Horácio (2022), entre outros, quanto à necessária atenção aos saberes dos povos e comunidades tradicionais e suas lutas.
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