O Mycoplasma genitalium tem se configurado como uma das infecções sexualmente transmissíveis mais emergentes de todo o mundo. Quando instalado, pode estar associado a complicações como as cervicites, uretrite não gonocócica e a endometrite. Também há evidência do surgimento da doença inflamatória pélvica nas pacientes com Mycoplasma genitalium, ainda que haja escassez de dados sobre isso. Portanto, buscou-se avaliar a existência de associação entre Mycoplasma genitalium e a doença inflamatória pélvica ou dor pélvica. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática em janeiro de 2023, considerando estudos de coorte, ensaios clínicos e estudos transversais. Utilizou-se as bases PubMed e CINAHL, bem como, as bibliotecas virtuais BVS e Google Scholar. Também, buscou-se na plataforma AskMEDLINE, usando-se a pergunta norteadora. Os estudos estiveram limitados aos idiomas português, inglês e espanhol, e publicados entre 2012 e 2022. Dos 2.413 trabalhos encontrados, apenas cinco foram selecionados para a amostra final. Todos os achados mostraram associação entre o Mycoplasma genitalium e a doença inflamatória pélvica, embora essa relação fosse bastante variável (2,1%-38%). A dor pélvica também esteve presente nas pacientes testadas, ainda que um quadro assintomático ou oligossintomático também tenha sido relatado em grande de parte dos casos. Apesar do Mycoplasma genitalium representar uma importante parcela das infecções que geram a doença pélvica, a Chlamydia trachomatis ainda é a principal responsável por isso. Contudo, novas investigações precisam ser desenhadas na tentativa de elucidar relações da infecção com outras infecções sexualmente transmissíveis e manifestações clínicas comuns.
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O Papilomavírus Humano (HPV) é um dos vírus que mais acomete a população mundial. Sua disseminação pode carrear a desfechos negativos, dentre eles, alguns tipos de câncer. Todavia, quando presente na gravidez, parece estar ligado a inúmeros quadros patológicos que vão desde parto prematuro à óbito fetal. Assim, faz-se imperioso investigar tal ocorrência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre a infecção pelo HPV e desfechos adversos na gravidez e no parto. Para isso, foi conduzida uma revisão integrativa sobre o tema, nas bases de dados PubMed, CINAHL e Scopus. Outros achados foram identificados na plataforma AskMEDLINE. Após o cruzamento dos termos HPV, Pregnancy e Adverse Pregnancy Outcome, foram identificados 115 estudos. Destes, apenas 10 se enquadraram na questão proposta e aos critérios de elegibilidade traçados. Quando identificado em gestantes, os principais desfechos adversos causados pela infecção do HPV foram: ruptura prematura de membranas, parto prematuro e aborto espontâneo. Novos estudos precisam ampliar as investigações acerca do subtipo do HPV e suas complicações na gravidez.
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A gravidez na adolescência é uma questão de saúde pública, que envolve aspectos biológicos, sociais, econômicos e culturais. Dessa forma, é importante compreender as condições maternas e os fatores de risco associados à gravidez nessa fase do desenvolvimento humano, para que se possam desenhar melhores intervenções e práticas clínicas. Este estudo teve como objetivo identificar as condições maternas e os fatores de risco associado à gravidez na adolescência. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando a estratégia PICO. Os resultados mostraram que esse fenômeno traz implicações de ordem física, socioeconômica e educacional para quem o experiencia. As mães jovens, costumam ter prejuízos, muitas vezes evitáveis, que elevam o risco de mortalidade materna-infantil. Destacam-se as condições de vulnerabilidade social e a falta de apoio familiar que elevam o risco de situações adversas e desfechos negativos. Com isso, é importante que intervenções de educação em saúde sejam executadas a fim de que haja uma menor cena de risco, fazendo com que as mulheres tenham seus filhos em um ambiente mais favorável.
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