Hidrelétricas. Impacto ambiental. Aquecimento global. Emissões de gases de efeito estufa. Licenciamento ambiental. Tomada de decisão.
A Revista Novos Cadernos NAEA é um periódico quadrimestral, de caráter interdisciplinar, dedicado à publicação de trabalhos científicos e acadêmicos sobre temas relevantes às áreas do desenvolvimento, sociedade, economia e meio ambiente, com o objetivo de fomentar o diálogo entre as diversas áreas do conhecimento e suas competências, de pesquisadores e instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior. A revista publica textos originais e inéditos em português, espanhol, inglês e francês. Adota a avaliação anônima por pares (peer review) para trabalhos submetidos às seções: artigos originais e de revisão, resenhas, notas de pesquisa, conferências e, eventualmente, dossiês temáticos, volumes especiais e/ou suplementos INDEXADORES Latindex -Crossref -Portal de Periódicos da CAPES -Google
Não podemos deixar de expressar o constrangimento e a enorme dificuldade enfrentada para se produzir uma revista face à precarização das condições de ciência e tecnologia no país. Torna-se penoso manter sua periodicidade, a qualidade acadêmica e os intercâmbios internacionais. Vivemos um momento no qual o país se contorce em crise política de graves conseqüências à democracia e aos direitos sociais, étnicos, do trabalho e de liberdade de expressão. O atraso de grupos que assumiram o poder e a implantação de suas concepções tornam-se evidentes no trabalho cotidiano de todos aqueles que estão na área do ensino e da pesquisa. Colonialmente, aqueles vem o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a inovação como perigo e ameaça aos seus privilégios o que as elites e a "classe" político-jurídica, vem mantendo há séculos como parte essencial da '(res)pública" de poucos.
Ao lançar este número de Novos Cadernos NAEA, é inevitável um balanço do que foi este ano de 2016 para a sociedade brasileira. Movimentos políticos de orientação conservadora reeditam um Golpe à Democracia e a deposição de um governo eleito. Ato seguido da aprovação, pelo Congresso Nacional, de leis e dispositivos de exceção implementados com grande velocidade. Vimos consagrar-se o desmonte contínuo de instituições, instrumentos legais e medidas democráticas consolidadas no país desde a promulgação da Constituição de 1988. Um golpe que se forjou à deriva da sociedade, em meio a tensões sociais e escândalos de corrupção, de apropriação privada do bem público e de violência consentida e naturalizada. Esses processos que conformam o Brasil contemporâneo, vazio de poder e de legitimidade institucional, impõem a todos um grande debate com o desafio de seu entendimento.Os temas alinhados ao desenvolvimento permeiam boa parte dos artigos, constituindo a área de concentração desta revista. Este número traz artigos que vão do debate contemporâneo sobre territórios urbanos, rurais e étnicos a discussões sobre o Estado e suas políticas. Um deles, voltado à reflexão sobre o planejamento urbano, traz Aportes conceituais de referência ao Planejamento Metropolitano no Brasil contemporâneo. Os autores Ghissia Hauser, Helenizam Campos e Diogo Onofre Souza chamam a atenção para a reestruturação das cidades do final do século XX, marcadas por determinantes intraurbanos e interurbanos. Nessa perspectiva, impõem-se uma revisão do conceito de região, pensar novas centralidades urbanas e a conjuntura regional/urbana no Brasil.Na linha do debate sobre a questão regional e a multiplicidade de composições sociais e étnicas do urbano, tomando a Amazônia continental como exemplo, o trabalho dos historiadores colombianos Yohana Pantevis e Germán Palacio, no texto Ciudades amazónicas intermedias, pesca y fronteras, ao analisar a formação da cidade de Letícia, na fronteira da Colômbia com o Brasil, revelam como o desenvolvimento de atividades comerciais permitiram o surgimento e a consolidação do setor privado como um fatorchave de funcionamento do Estado e de crescimento da cidade. Concluem que a relação entre a cidade e a pesca pode ser um elemento-chave para a análise das pequenas e médias cidades do médio Amazonas. A transformação da "fronteira" em "região" implica o desenvolvimento de cidades capitais, como é o caso de Leticia.Certamente o aporte teórico sobre os atores sociais, os agentes econômicos, elucida a compreensão das dinâmicas nessas áreas de fronteira. Mas também no conjunto de atividades dos países e das suas relações no âmbito de organizações como o Mercosul. Em Micros, pequenas e médias empresas: atores importantes na consolidação do espaço regional do MERCOSUL?, Jacqueline Haffner, Leandro dos Santos e Nadia Menezes, ao responder se as MPMEs constituem atores relevantes na consolidação do espaço regional conformado pelas economias mercosulinas, enfatizam a sua relevância para o crescimento econômico. Ainda na linha do espaç...
Novos Cadernos NAEA vem a público, com 14 artigos que trazem resultados de pesquisas realizadas em várias regiões do Brasil e em Moçambique. No correr de 2017 presenciamos manifestações políticas em todas as regiões brasileiras, de grandes a pequenas cidades. A insatisfação pela situação do país se espalha, aumentando os questionamentos, mas também intensificando o debate. Crise sobre a ética e a política, a economia, o trabalho, o acesso à terra e aos territórios, incluindo os territórios étnicos. Talvez jamais tenhamos nos defrontado com igual quadro de crise institucional, de insegurança jurídica, legislativa e no plano das ações de governo. Para o cidadão, a sensação é de se estar à deriva. Um confronto que se dá na sociedade, com suas divisões internas atravessadas pela desigualdade de classe, pelos privilégios de grupos que amordaçam e privatizam os recursos de todos, via Estado, pelas escolhas políticas contra coletivos, mas sobretudo, crise moral que disfarça a realidade por meio de discursos eloquentes que se espalham nos canais midiáticos. Uma sociedade fracionada, dividida, com mundos que não se tocam, e portanto, partes de um mesmo conjunto, a sociedade brasileira. Lançamos um novo exemplar da Revista Novos Cadernos NAEA, mas não passamos ao largo das dificuldades que dizem respeito à redução de financiamento da educação nacional, ao fechamento de instituições de ensino e pesquisa, ao desmonte de programas de Ciência, Tecnologia e Inovação, do empobrecimento das Unidades de Pesquisa do MCTI, fundamentais para fomentar a pesquisa, estimular novos processos criativos e elevar o nível de qualidade, de internacionalização na produção de ciência e tecnologia no país. Este volume traz ao público dois artigos que se voltam ao entendimento das relações econômicas e do papel do mercado, embora com foco em temas bem diversos. Interessados em entender os processos de crescimento econômico e de industrialização, Lourenço e Cardoso analisam as exportações do bloco BRIC e comparam o desempenho do Brasil, da China, da Índia e da Rússia, visando compreender melhor o papel dos padrões de especialização de seu desempenho. Na perspectiva dos arranjos socioprodutivos e da gestão urbana, denominadas feiras livres, Grimm, Sampaio e Procopick observam as práticas de transformação social na cidade de Curitiba a partir da ecossocioeconomia. Mostram como pequenos negócios ganham visibilidade frente à economia de mercado, colocando em relevo a análise sobre as estratégias coletivas de geração de renda e de inclusão social. Na intercessão do urbano, o artigo Um "skyline" em mutação expõe resultados de pesquisa sobre as transformações urbanas no velho centro de Belém. Trindade Júnior descreve os processos de requalificação de áreas centrais nas cidades brasileiras e que seriam semelhantes às repercussões socioespaciais verificadas em outros países que vivenciaram processos de gentrificação. Em outra perspectiva que pensa as formas de viver e habitar, mas relacionadas ao modos de vida rural, a análise no trabalho de Brandão, Dalt ...
No abstract
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.