A construção de espaços transnacionais não é novidade para o feminismo. No século passado foram muitas as interconexões entre as elaborações feministas européias e as das Américas. Redes internacionais foram construídas sobre temáticas específicas-a saúde, os direitos reprodutivos, a violência...-ou com objetivos de lobby nas conferências e nas instituições transnacionais. A nossa análise do patriarcado como sistema universal de dominação foi enriquecida pelo estudo de sua articulação com os contextos econômicos e culturais mais variados e difusos pelo planeta, acabando, parando, entre outras coisas, com o mito segundo o qual a questão do patriarcado, entendido como sistema global de domínio de um sexo sobre o outro, fosse uma invenção feminista ocidental que não interessava às mulheres e sociedades do Sul. Em particular a conferência da ONU sobre as mulheres, em Pequim, em 1995, e a relativa conferência paralela das ONGs em Huairou deram um salto de qualidade na internacionalização do feminismo e no crescimento exponencial da contribuição das mulheres do Sul para as análises feministas.
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