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Idosos ocupam espaço significativo em nossa sociedade gerando uma modificação na estrutura de gastos em diversas áreas. Um dos fatores que mais colaboram para gastos em saúde é a queda acidental/recorrente, evento responsável por altas taxas de mortalidade e desenvolvimento de morbidades na terceira idade. Objetivo: Identificar a prevalência de quedas em idosos e realizar um rastreio epidemiológico dos fatores de risco encontrados nesta faixa etária. Método: Trata-se de estudo observacional do tipo descritivo transversal realizado com idosos pertencentes a uma Estratégia de Saúde da Família de São Leopoldo/RS, entre fevereiro e março de 2020. A coleta de dados se deu através de cinco instrumentos: questionário de histórico de quedas; Timed Up & Go (TUG); Teste de Alcance Funcional (TAF); Dinamometria de Preensão Palmar (DPP); e Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Para análise de dados, utilizou-se teste Qui-Quadrado de Pearson, resíduos ajustados e Odds Ratio. Resultados: Amostra foi composta por 125 idosos comunitários, 66,4% do sexo feminino e com média de idade de 70,39±6,56 anos. Mais da metade sofreu queda no último ano, sendo as de tipo recorrentes as mais prevalentes (61,6%) e 53,4% destes fraturaram algum osso como resultado da queda. O histórico de quedas demonstrou associação positiva (p<0,05) ao sexo feminino, faixa etária mais elevada, viuvez, viver sozinho, polimedicação, medo de cair, ao TAF e à DPP. Conclusão: Idosos comunitários apresentam alta prevalência de quedas e diversos fatores causais associados. Reconhece-se a importância de uma avaliação multidimensional para rastrear os riscos e identificar idosos mais suscetíveis.
Introdução. A Paralisia Cerebral (PC) pode causar deformidades e movimentos atípicos que interferem na aquisição das funções motoras da criança. Objetivo. Foi comparar dois instrumentos mundialmente utilizados para avaliação da funcionalidade de crianças e adolescentes com PC. Método. Estudo realizado com 38 crianças com PC, de ambos os sexos, em fisioterapia semanalmente. Foram utilizados os instrumentos GMFCS e CIF-CJ para a avaliação da funcionalidade. Resultados. As crianças apresentaram: 68,4% (n=26) comprometimento nos quatro membros (tetraparesia); 36,8% (n=14) comprometimento funcional grave com comorbidades associadas. Na comparação entre funcionalidade e funções do corpo, foram encontradas diferenças entre as cinco classificações funcionais e as funções intelectuais (p=0,009), funções mentais da linguagem (p=0,010), funções da mobilidade das articulações (p<0,001), funções do tônus muscular (p<0,001) e funções relacionadas ao controle dos movimentos voluntários (p<0,001). Na comparação entre funcionalidade e atividades e participação, foram encontradas diferenças entre as cinco classificações funcionais e a manutenção da posição do corpo (p<0,001), uso fino da mão (p<0,001), andar (p<0,001), deslocar-se por diferentes locais (p<0,001), comer (p=0,010), interações interpessoais básicas (p=0,005) e relações familiares (p=0,004). Quanto maior o comprometimento funcional, maior o grau de comprometimento da deficiência dessas crianças nas funções do corpo, atividades e participação e fatores ambientais. Conclusão. Os dois instrumentos são complementares na avaliação da criança com PC e podem respaldar o raciocínio clínico para tomada de decisões dos profissionais que os assistem, bem como nortear políticas públicas para a promoção da qualidade de vida dessa população.
Aborda-se a relação entre gênero e cuidado, na dimensão comunitária e na articulação com políticas públicas de saúde. Refletimos sobre Pesquisa-Ação em andamento, que tem como campo empírico um território afetado por desigualdades de longa data, na cidade de São Leopoldo/RS. Analisa-se como as dinâmicas de gênero permeiam a organização das vidas no território e como incidem na distribuição dos cuidados com a saúde e a manutenção das vidas. Questiona-se como a dimensão comunitária do cuidado se viu impactada pela pandemia, quais formas comunitárias novas e/ou reformuladas de cuidado estão surgindo. Estamos elaborando um Diagnóstico Participativo de Equidade de Gênero (DPEG), utilizando metodologias com a participação da comunidade, com reflexão crítica e propositiva sobre suas realidades. Como resultados preliminares, observamos alguns aspectos das dinâmicas de gênero no território, principalmente no que diz respeito à distribuição de cuidados e ao acesso à ESF, notando que a pandemia acirrou desigualdades já existentes. Palavras-chave: Gênero, Interseccionalidades, Cuidado Comunitário, Desigualdades.
No presente artigo analisamos a relação entre gênero e cuidado, na dimensão comunitária e na articulação com políticas públicas de saúde. Refletimos sobre uma Pesquisa-Ação em andamento, que tem como campo empírico um território afetado por desigualdades e violências estruturais de longa data, na cidade de São Leopoldo/RS. Objetiva-se analisar como as dinâmicas de gênero permeiam a organização das vidas no território e como incidem na distribuição dos cuidados com a saúde e a manutenção das vidas. Mergulhamos em experiências localizadas da Atenção Primária à Saúde, que exerce o cuidado mais disseminado através da equipe de Saúde da Família. Questiona-se como a dimensão comunitária do cuidado se viu impactada pela pandemia, quais formas comunitárias novas e/ou reformuladas de cuidado estão surgindo, pensando se os impactos da crise sanitária podem ser diferenciados por gênero. Está sendo elaborado um Diagnóstico Participativo de Equidade de Gênero (DPEG), utilizando metodologias que potencializem a participação da comunidade no próprio processo de pesquisa, assim como a reflexão crítica e propositiva sobre suas realidades. Como resultados preliminares, observamos alguns aspectos das dinâmicas de gênero no território, principalmente no que diz respeito à distribuição de cuidados e ao acesso à UBS, podendo notar que a pandemia acirrou desigualdades existentes. Em linhas gerais, jovens (meninas e meninos), homens, idosas/os negras/os, foram os grupos que demonstraram menor acesso ao serviço. Os cuidados, sejam com a saúde de si e principalmente dos outros, sejam com as crianças, foram mais presentes entre as mulheres. Foi notório o engajamento da equipe de Saúde da Família para discutir as temáticas abarcadas no projeto, vislumbrando-se possíveis efeitos de equidade de gênero na produção de cuidado localizada.
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