Em meados do século XVII, jesuítas e mercadores começaram a levar, dos Andes para a Europa, partidas da casca de uma árvore, a quinaquina, da qual se produzia um extrato que os Incas usavam para tratar com sucesso as doenças febris, particularmente a malária. Embora a infusão ou extrato de quina passasse a ser amplamente usada pelos hospitais jesuítas e por médicos de muitos países, sua eficácia foi questionada e seu uso controvertido por mais de dois séculos. Contribuíam para a controvérsia a variação da eficácia da quina, conforme a partida de cascas, e seu uso indiscriminado contra toda doença febril, quando ela é eficaz apenas contra a malária. Isso ocorria porque a medicina ainda não aprendera a avaliar os efeitos de um dado medicamento ou de um dado procedimento médico. Prevaleciam opiniões, preconceitos e interesses vários. Um exemplo serve para ilustrar essa predominância da opinião sobre a evidência. Sob a influência do médico-chefe James Lind, a quina foi usada no tratamento da malária pela esquadra britânica a partir de 1757. Até que, meio século, depois o Dr. James Johnson, novo médico-chefe, substituiu o uso da quina por
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