Este artigo tem por objetivo abordar as teorizações de Lazzarato concernentes ao capital enquanto operador semiótico, a-significante, desterritorializado e fluido na função de algoritmizador do homem pela economia. Pretende-se também, articular o capital enquanto uma droga com a distopia futurista de Aldous Huxley Admirável Mundo Novo (1932), com vistas a mostrar não apenas a atualidade dessa obra, mas, sobretudo, a engrenagem alienante das promessas de resultados imediatos como forma de evitação dos limites e faltas inerentes ao sujeito. Ao longo do artigo, tratar-se-á do surgimento do homem endividado na sua relação com a culpa, a partir do sequestro do seu desejo quando capturado pelo capital e transformado em objeto. A narrativa da obra huxleniana servirá de base para uma aproximação entre o capital como a droga capaz de algoritmizar o sujeito com a promessa de um mundo melhor e mais novo tal qual o mundo proposto por Huxley e, por isso, as dificuldades para a intervenção da psicanálise que se propõem a trabalhar com a palavra para que o sujeito possa renunciar ao gozo imediato, assenhorando-se do seu desejo.
Este artigo tem por objetivo abordar o pensamento de Merleau-Ponty acerca da ideologia comunista e a relação com a ascendência marxista que culminou com a falência da credibilidade dessa ideologia. Na obra As Aventuras da Dialética (1955), o filósofo propõe pensar a evolução histórica do conceito de dialética como modo de libertação de formas de envolvimentos políticos alienados. Para tal, abordaremos os conceitos merleau-pontyanos de história e de dialética, para posteriormente trazermos as críticas de Merleau-Ponty à ideologia comunista. Ressaltamos, contudo, o reconhecimento da importância das elaborações de Marx para o autor. Concluiremos sustentando que o posicionamento político de Merleau-Ponty está vinculado à sua concepção da história e da dialética e com isso, sua crítica aos destinos que o marxismo foi assumindo por estar preso aos movimentos partidários da ideologia comunista.
Este artigo tem por objetivo trabalhar o conceito de inoperosidade desenvolvido por Agamben articulando-o com o pintor Cézanne a partir do ensaio de Merleau-Ponty intitulado A dúvida de Cézanne (1960). No decorrer do artigo, abordaremos também o conceito de forma-de-vida em Agamben, pois ambos os conceitos se inter-relacionam. Veremos ainda, de acordo com Merleau-Ponty, que a arte de Cézanne vem romper com os paradigmas da época e deste modo, sustentaremos que o artista tem na sua forma de vida a contemplação de uma potência donde a inoperosidade faz surgir uma forma-de-vida, rompendo com os dispositivos biopolíticos de controle. Palavras-chave: Inoperosidade. Forma-de-vida. Agamben. Cézanne. Merleau-Ponty
O objetivo do presente artigo é a partir das elaborações de Tugendhat a respeito do relacionar-se com a morte, pensarmos de que forma o suicídio se vincula como liberdade do indivíduo e com os três níveis da reflexão daquele que diz “eu”. Sustentaremos a tese de que o suicida ao relacionar-se com a morte, não consegue ascender ao segundo nível da reflexão ficando preso ao núcleo do “eu” e com isso impossibilitado de refletir sobre a sua vida como um todo. Concluiremos mostrando alguns pontos que nos possibilitaram fazer essa relação do indivíduo para além do estar frente a morte, culminando com o suicídio.
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