Este ensaio objetiva refletir sobre a administração pública como campo de conhecimento; especificamente, interpretar o campo no seu estágio atual e indicar estratégias para seu desenvolvimento no Brasil. Esta reflexão é baseada no conceito de campo de conhecimento de Bourdieu (2004); evidencia as características mais marcantes do campo da administração pública, destacando a necessidade de libertar-se da análise dos movimentos ocorridos no panorama público nacional, para compreender teoricamente o que justifica esses movimentos, explicá-los à luz das teorias existentes ou desenvolver teorias que os expliquem; indica a necessidade de repensar a pesquisa e sua condição de submissão ou escravidão a esses movimentos; e sugere a necessidade de se estabelecerem mais claramente os limites disciplinares, procurando a determinação do objeto e dos temas, e a coerência teórica e metodológica de sua abordagem.Pa l av r a s -c h av e : administração pública; campo da administração pública; ensino de administração pública; pesquisa em administração pública. Ensayando interpretaciones y estrategias para el campo de la administración pública en BrasilEste ensayo tiene como objetivo reflexionar sobre el campo de la administración pública como campo del conocimiento, y en particular interpretar el campo en su momento actual y indicar estrategias para su desarrollo en el Brasil. Esta reflexión se basa en el concepto de campo del conocimiento de Bourdieu (2004); pone de relieve las características más llamativas del campo de la administración pública, destacando la necesidad de deshacerse de análisis de la audiencia de movimientos ocurridos en el panorama publico nacional para comprender teóricamente que justifica estos movimientos, explicar los a la luz de las teorías actuales o desarrollar teorías que lo expliquen; indica la necesidad de repensar la investigación y su condición de sumisión o esclavitud a estos movimientos; e sugiere a necesidad Artigo recebido em 21 set. 2011 e aceito em 5 set. 2012.
Este artigo tem como objetivo analisar os limites disciplinares e o desenvolvimento de abordagens inter, multi e transdisciplinares nos campos da administração pública e dos estudos organizacionais. Adota-se uma estratégia metodológica estruturada em duas etapas. A primeira constitui-se de uma abordagem teórica na qual se conceitua disciplina, se exploram teoricamente as possibilidades e os limites das abordagens uni, inter, multi e transdisciplinares, e se desenvolve uma análise dos campos administração pública e estudos organizacionais na perspectiva dessas abordagens. A segunda etapa constitui-se de um estudo empírico no qual se analisam as possibilidades e os limites das abordagens uni, inter, multi e transdisciplinares das divisões Administração Pública e Gestão Social, e Estudos Organizacionais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, EnANPAD. Conclui-se que essas divisões priorizam, com dificuldade, a abordagem unidisciplinar, e apresentam abordagens inter e multidisciplinares sem sistematização, não conseguindo usufruir as possibilidades, nem superar os limites de cada uma delas.
ResumoA ascensão da cibercultura (cultura digital), um resultado da convergência entre a socialidade contemporânea e as tecnologias de informação e comunicação microeletrônicas digitais (TICs), baseadas no ciberespaço, como um paradigma social, econômico e cultural, vem trazendo desafios importantes para a sociedade e para as diversas áreas das organizações. A gestão da inovação também vem sendo impactada. O presente artigo visa apresentar uma discussão teórica de como as características essenciais da era da informação e da cibercultura estão impactando a gestão da inovação. Para tanto, três pontos característicos da sociedade cibercultural são apresentados, a saber: interconexão (pessoas, através das ferramentas TICs, buscam conexão umas com as outras), comunidades virtuais (agregações sociais que emergem das redes de computadores onde as pessoas formam redes de relacionamentos no ciberespaço) e inteligência coletiva (construção de conhecimento e da especialização dos membros de comunidades, através da discussão e da colaboração coletiva, coordenada em tempo real). Por fim, apresentam-se cenários e temáticas de inovação nas organizações que são resultantes da influência dos três pontos citados. São quatro cenários, a saber: Redes de Inovação, Open Innovation, os Nativos Digitais e o colaboracionismo ou Crowdsourcing. Colocam-se ainda implicações acadêmicas e gerenciais da cibercultura e destes cenários para a gestão da inovação. Palavras-chave: Gestão da Inovação; Cibercultura; Interconexão; Comunidades Virtuais; Inteligência Coletiva. AbstractThe rise of cyberculture (digital culture), a result of a convergence between contemporary sociality and digital information and communication technologies based on cyberspace (ICTs), as a social, economic and cultural paradigm, has brought important challenges for society and for several functional areas of the organizations. Innovation management is also being impacted. This article presents a theoretical discussion of the essential characteristics of the Information Age and Cyberculture, and their impact on the management of innovation. To this end, three characteristic points of cybercultural society are presented: interconnection (people connecting each other, using ICTs gadgets), virtual communities (social aggregations where the people build relationship networks on cyberspace) and collective intelligence (construction of knowledge and community member specialization, through discussion and colective collaboration, in real-time). Finally, scenarios and themes of innovation in
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Em campos como Administração e Estudos Organizacionais, espaço é eventualmente tratado e frequentemente esquecido. Espaço organizacional é, na maioria das vezes, considerado contexto e reduzido à dimensão física, e, por vezes, tomado como objeto composto de múltiplas e imbricadas dimensões e escalas. Para gestão, espaço organizacional tende a ser identificado como forma voltada principalmente para a função produtiva, muito embora haja desvios dessa tendência, por meio dos quais o espaço organizacional pode até se converter em complexo. O tema gestão do espaço organizacional é tratado quase sempre como secundário, e mesmo assim em publicações dispersas, requerendo sistematização e consolidação. Nessa visão construída com base em Física, Geografia, Arquitetura e Urbanismo, e, a partir de 1995, em Administração e nos Estudos Organizacionais, Mônica de Aguiar Mac-Allister da Silva (UFBA) indica os seguintes livros. THE SPACES OF ORGANISATION & THE ORGANISATION OF SPACE: Power, identity & materiality at workKaren Dale e Gibson Burrell. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2008. 328 p. Este livro trata do espaço como local de trabalho, e mais exatamente como algo essencialmente físico no qual se processa o trabalho e, em correlato, a organização. Para os autores, o espaço (físico) organizacional, por um lado, é organizado sob a influência dos valores organizacionais e, por outro lado, influencia os indivíduos e suas identidades, e ainda a organização na sua totalidade e nos seus objetivos. ORGANIZATIONAL SPACES: Rematerializing the workaday world Alfons Van Marrewijk e Dvora Yanow (Eds.). Cheltenham (UK)/Northampton, Massachusetts (USA): Edward Elgar Publishing, 2010. 232 p.Esta coletânea é introduzida por questionamentos sobre o estudo do espaço organizacional e as metodologias adequadas para esse estudo. Em resposta, os textos desenvolvem conceitos de espaço organizacional que relacionam a dimensão física ou material à dimensão humana e social. São exploradas relações de influência mútua entre, por um lado, espaços organizacionais, identificados como físicos, materiais, construídos, e, por outro lado, pessoas que integram essas organizações, como funcionários e clientes. MANAGING ORGANIZATIONAL ECOLOGIES: Space, management, and organizationsKeith Alexander e Ilfryn Price (Eds.). New York: Routledge, 2012. 266 p. No campo da Ecologia Humana e sob uma concepção de Facilities Management (FM), este livro focaliza o espaço físico, seu poder e sua influência na organização. O espaço físico intraorganizacional é entendido como uma construção social, ou seja, trata-se de espaço físico-social, tal qual o espaço de relações externas da organização com os stakerholders. O espaço organizacional assim concebido se evidencia como importante objeto de gestão. Francois-Xavier de Vaujany e Nathalie Mitev (Eds.). Houndsmills: Palgrave Macmillan, 2013. 392 p. Trata-se de uma coletânea organizada sob a proposta de discutir materialidade e espaço na organização e na gestão organizacional. Os textos apresentam concepções de material...
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