O ensino de Física é, muitas vezes, considerado como um desafio. Um possível motivo é o estereótipo de que a disciplina seja para o entendimento de poucos. O eletromagnetismo, em específico, é um dos assuntos mais temidos pelos estudantes. Neste sentido, partimos do seguinte questionamento: É possível potencializar o aprendizado de conhecimentos de Física a partir do trabalho com equipamentos geradores? Pode-se concluir que a utilização de aulas práticas e a proposta de trabalhos onde os estudantes desenvolvam soluções para problemas relacionados à disciplina, se mostram como uma forma eficiente em chamar a atenção do estudante, e em desmistificar a ideia de extrema dificuldade associadas à Física e a outras disciplinas.
Esse artigo analisa o desenvolvimento de uma sequência didática pautada na estratégia FlexQuest® na perspectiva da Teoria da Flexibilidade Cognitiva formulada por Spiro e colaboradores, e possíveis contribuições dessa abordagem para a Alfabetização Científica e Tecnológica proposta por Fourez. O objetivo é verificar a presença dos pressupostos da Alfabetização Científica e Tecnológica no ensino do tema energia eólica nas aulas de física de uma turma do 3º ano de uma escola de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, localizada numa região do interior do Estado da Bahia proeminente na produção de energia eólica. A sequência didática foi estruturada a partir de casos e minicasos representativos de situações reais, organizados didaticamente na plataforma FlexQuest®. Os dados de pesquisa foram obtidos dos registros de áudio gravados das aulas, de diários de bordo, de atividades realizadas pelos estudantes na plataforma e de seus manuscritos. A análise considerou a articulação dos pressupostos da Teoria da Flexibilidade Cognitiva e da Alfabetização Científica e Tecnológica. Os resultados alcançados sugerem que a problematização do tema segundo a travessia da paisagem sob diversas direções favoreceu o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva e da autonomia, comunicação e domínio pelos estudantes, indícios de potencial contribuição dessa articulação para a Alfabetização Científica e Tecnológica.
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