O presente artigo tem como objetivo desenvolver uma reflexão acerca do processo de constituição dos serviços de atenção em saúde mental pautados pelos pressupostos do Movimento de Luta Antimanicomial. Com base nas contribuições da psicanálise e da psicologia social, desenvolvemos uma análise sobre os conflitos e dilemas vividos em um Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) localizado no Município de Santos, São Paulo, Brasil. Este trabalho é um desdobramento de pesquisa de mestrado realizada no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. Utilizamos entrevistas semi-estruturadas realizadas com trabalhadores do NAPS. Pela análise das entrevistas, constatamos que o processo de transformação no modelo de assistência à saúde mental mobiliza aspectos de ordem psíquica no grupo de trabalhadores. Podemos observar uma série de conflitos e angústias ligadas à mudança do apoio institucional representado pelo NAPS ao longo de sua história. A dificuldade de se lidar com as diferenças na equipe ou o desamparo vivido em função de mudanças da administração local são analisados na interface entre sujeito e instituição.
O presente artigo relata o trabalho realizado a partir de um campo de estágio da Psicologia comunitária, desenvolvido no Programa de Saúde da Família de um Município do interior paulista. Refletimos sobre o papel da Psicologia no PSF, buscando construir ações afinadas com o campo da saúde pública. Apresentamos o processo de constituição da parceria entre Universidade e Secretaria de Saúde bem como as atividades realizadas no estágio. O trabalho dos estagiários abarcou tanto as intervenções junto aos pacientes da unidade como junto à equipe do PSF. A experiência evidenciou a importância do trabalho da saúde mental no PSF, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de uma lógica preventiva e de promoção à saúde. Procuramos, assim, contribuir com o desenvolvimento de ações no campo da Psicologia Social Comunitária.
O Programa de Saúde da Família (PSF) é uma estratégia política adotada pelo Ministério da Saúde para promover a transformação do modelo tradicional de cuidados com a saúde na atenção básica. A figura do agente comunitário de saúde (ACS) tem papel fundamental no PSF por ser o principal elo entre a unidade de saúde e a comunidade. A partir do estágio supervisionado em Psicologia Comunitária do Curso de Psicologia da Universidade São Francisco, foi realizado um grupo com os ACSs de uma unidade de PSF de um Município do interior de São Paulo. A proposta do grupo era discutir o trabalho realizado na unidade de saúde, buscando fomentar uma postura protagonista no enfrentamento das dificuldades cotidianas. Para tanto, utilizou-se o referencial dos grupos operativos tal como postulado por Enrique Pichon-Rivière, tendo sido observada, ao longo do processo, uma vivência de grande desamparo por parte das agentes. Essa questão foi abordada a partir de diversas atividades e estratégias de modo a fortalecer os vínculos grupais. Ao final deste trabalho, os ACSs podiam ocupar um lugar de maior propriedade com relação ao trabalho realizado no território.
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