O presente artigo trata de investigar a temática dos Conselhos de Fábrica a partir das construções de Antonio Gramsci e tem como objetivo analisar a elaboração de suas formulações em torno dos Conselhos de Fábrica a partir dos escritos pré-carcerários. Para tanto, parte-se da hipótese de que a teorização dos Conselhos de Fábrica pelo autor “sardo” representou uma significativa construção teórico/prática para seu gradual e sucessivo “acerto de contas” com a influência idealista neo-hegeliana de sua formação inicial e, por conseguinte, para sua aproximação com o pensamento marxista. A metodologia empregada se voltou para o recurso da pesquisa bibliográfica e de caráter qualitativo, buscando o contato direto com os escritos de Gramsci. As principais inferências obtidas são de que os Conselhos de Fábrica representam um esforço teórico fundamental de Gramsci para elaborar uma teoria revolucionária e se circunscrevem no centro do processo de transição para sua maturidade intelectual.
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as relações étnico-raciais no contexto da realidade latino-americana dependente, buscando aferir de que maneira o traço histórico da dependência intensifica a questão racial. Partindo do pressuposto de que a América Latina está inserida numa posição periférica na divisão internacional do trabalho, os países deste continente estabelecem um intercâmbio desigual com os países do centro, adotando um modelo de desenvolvimento para fora e, portanto, externo. Nesta perspectiva, através de uma pesquisa bibliográfica, compreende que a questão racial assume na particularidade do continente latinoamericanoum caráter regressivo, visto que é acentuada pela hierarquização dos grupos étnico-raciais, pelasuperexploraçãoda força de trabalho da região, servindo de instrumento para justificar a dominação capitalista que se infiltra em escala global.THINKING ETHNIC-RACIAL RELATIONSHIPS IN THE DEPENDENT LATIN AMERICAN CONTEXT: a contemporary issue for Social WorkAbstractThis article aims to reflect on ethnic-racial relations in the context of dependent Latin American reality, seeking to assess how the historical feature of dependence intensifies the racial issue. Based on the assumption that Latin America is inserted in a peripheral position in the international division of labor, the countries of this continent establish an unequal exchange with the countries of the center, adopting an outward and, therefore, external development model. In this perspective, through a bibliographic search, it is understood that the racial issue takes on the particularity of the Latin American continent a regressive character, since the hierarchy of ethnic-racial groups, accentuates it by the overexploitation of the region's workforce, serving as an instrument to justify the capitalist domination that infiltrates on a global scale.Keywords: Ethnic-racial relations; Latin America; Dependency; Social Work.
O presente artigo objetiva indicar caminhos para a investigação da categoria “intelectual orgânico” a partir da elaboração gramsciana. Consideramos que esta categoria é fundamental porque exerce a função de direção consciente capaz de reproduzir ou de transformar a elaboração da cultura dominante e da subjetividade presente. Os intelectuais orgânicos são responsáveis pela produção do consenso, condição necessária para a manutenção do bloco histórico que se pretende fazer dominante. Por esse motivo é que a possibilidade da transição rumo ao ordenamento socialista só se torna possível na medida em que a classe operária e seus aliados se dedicam a construção de um novo bloco histórico mediado pelo processo de elaboração de uma nova cultura: neste interim, o Estado em seu sentido integral, a produção do imaginário coletivo popular pelos intelectuais orgânicos e a unificação das classes subalternas se revelam como expressão de uma elaboração teórico-prática carcerária que, imbuída de um salto qualitativo pelo processo de maturação política, se instaura como um fundamento teórico-metodológico marxista em que Gramsci é, notadamente, refundador comunista.
O presente artigo trata de investigar o tema do “controle social” e de refletir sobre a seguinte problemática: “É possível extrair duas perspectivas acerca do controle social a partir da leitura de Hobbes e Locke e de Marx e Gramsci?”. Para tanto, a metodologia empregada se voltou para o retorno aos clássicos – e, portanto, para a pesquisa bibliográfica – a fim de evidenciar suas elaborações construídas, exprimindo as principais inferências acerca da leitura do controle social que se pode traduzir. As ideias centrais são de que o absolutismo de Hobbes e o liberalismo de Locke tratam de se inserir na esteira de configuração de domínio do Estado sobre a sociedade, ao passo que Marx e Gramsci demarcam a possibilidade do Estado Moderno ser “administrado” pela participação popular com vista a sua própria destruição: os exemplos históricos da Comuna de Paris e dos Conselhos de fábricas italianos exprimem, assertivamente, a feita desta possibilidade.
O artigo problematiza os conceitos de classes e grupos subalternos em Antonio Gramsci a partir da obra carcerária e, particularmente, do Quaderno 25. Objetiva propor uma metodologia de pesquisa para estes conceitos, haja vista o caráter dos Quaderni del Carcere, isto é, uma obra não sistematizada para a publicação. Nesse sentido, partindo de uma pesquisa bibliográfica na edição crítica italiana dos Quaderni, organizada por Valentino Gerratana, evidencia-se a fundamentação teórica do Quaderno 25, na medida em que nele Gramsci apresenta as classes e grupos subalternos, bem como sua história desagregada e episódica, como submetidos a iniciativa da classe dominante. Assim, o problema de como “pôr” fim a subalternidade está atravessada pelo estudo destes conceitos, dada a dedicação de Gramsci em investigar as formas de superá-la, rompendo com a subalternidade econômica, mas, sobretudo, cultural que a estrutura.
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