Nos últimos tempos, em se tratando de patrimônio cultural, a leitura sobre a reflexão de Aloïs Riegl (1858-1905) se impõe quase como uma obrigação epistemológica, em relação a uma obra em especial: Der moderne denkmalkultus (O culto moderno dos monumentos). Riegl tem sido introduzido por obras relacionadas à preservação de bens culturais, já há mais de uma década. De nossa parte acreditamos poder contribuir com a continuação deste interesse procurando aproximação com autores cujas preocupações dizem respeito ao aparecimento de uma consciência de valor patrimonial, relacionada à crítica das condições da arquitetura e das cidades no final do século 19. O recorte compreende um diagnóstico que interliga a crise da cidade como um dilema para o corpo com as possibilidades para o aparecimento do valor de antiguidade, bem como o relaciona a outros valores, seja por guardar alguma afinidade-caso do valor de reverência; seja em relação a sofrer sua influência cultural-caso da predominância moderna do valor de exposição sobre o valor de culto. Organizamos a argumentação em três passos: 1. Crise da Cidade como dilema para o corpo: a aproximação com Camilo Sitte; 2. Ver e rememorar arquitetura: a aproximação com John Ruskin; 3. Valor de culto e valor de exposição: a compreensão de uma nova época e o valor de antiguidade. Palavras-chave: Identidade cultural e modernização. Preservação arquitetônica, século 19. Valor de antiguidade.
Para início de conversa, o relato a seguir são impressões acerca do Centro de Tradições NordestinasCTN, resultantes de uma série de visitas realizadas durante o mês de março de 1999. Três pesquisadoras (Dulce, Soraia e Mira) envolvidas em suas respectivas teses que abordam a migração, tendo em comum também a origem nordestina, partiram para uma espécie de “domingo no parque”, a pensar sobre a distração de nordestinos em São Paulo. [...]
A visão de cidade em Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto a partir de dois poemas: Lanterna Mágica(1930) de Drummond e Paisagens com Cupins(1956) de João Cabral. São tratadas imagens de cidades e da paisagem rural-urbano brasileira: nos dois autores, temos o registro ambivalente de modernização e tradição. Carlos Drummond de Andrade aparece no momento da metamorfose do país agrário em uma sociedade urbano-industrial. João Cabral registra um momento posterior, a década de 50: aceleração da urbanização e também o acirramento de antigas contradições
A teoria e a prática da conservação de monumentos de Alois Riegl(1858-1905) está articulada ao valor de antiguidade, noçãofundamental da obra Culto moderno dos monumentos (1903). Adiscussão promovida pelo autor suscita, até hoje, o interesse dosespecialistas em preservação de bens culturais, seja no locus de suaconcepção – a conservação –, seja no terreno da teoria e prática derestauro.A leitura de alguns registros conhecidos de Riegl, em que o autor,diante dos problemas relacionados à prática da conservação de bensculturais, elabora opiniões profissionais com acurado rigor conceitual,levou-nos a identificar uma afinidade maior com a abordagem deproblemas de restauro. É nosso objetivo, neste artigo, expor estaaproximação, tendo por linha mestra o valor de antiguidade.
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