Este texto introduz conceitos básicos para o entendimento do Paisagismo-no caso, o de paisagem e espaços livres, aproximando-se em bibliografia específica e em sínteses elaboradas em decorrência de pesquisa efetuada sobre aspectos da paisagem metropolitana de 1979 a 1982. Divide-se em duas partes: intervenção e Presença do Homem na Paisagem e Funções, Formas e Distribuição do Espaço Livre.
Os parques urbanos são inseridos na urbanização como parte dos espaços livres de edificação. Sob esse aspecto, sua distribuição nas várias escalas de urbanização é parte de um projeto da sociedade sobre sua cidade como um todo. Por outro lado, o desenho do espaço em si pode ser lido em face dos contextos em que são implantados como parte dos mecanismos de controle social. São levantados sucintamente estes aspectos para receber contribuições em área que consideramos de intensa implicação no desenho urbano.
Reflete-se sobre os espaços livres de edificação em face de sua distribuição e configuração no urbano, em sua condição de elemento integrador de convívio. Selecionam-se a cooperação, o auxílio mútuo e a mobilidade, como aspectos básicos da vida do homem desde os primeiros agrupamentos pré-históricos; valoriza-se a relação que se estabelece com o entorno, na dinâmica das transformações do ambiente e do próprio homem nessa evolução cultural. Privilegiam-se as condições de sociabilidade nas interações dos espaços e dos tempos; o avanço das liberdades e direitos em conexão com as territorialidades; diversidades em relações de interdependência e complementaridade são adotadas como atributos próprios dos espaços culturais, sociais e ecológicos. Selecionaram-se algumas situações, absolutamente não-assumidas como modelos, à reflexão-referência para espaços livres nas cidades, nas redes de cidades, nas regiões urbanizadas. Estudos a respeito do povo brasileiro, cadinho da mescla de três raças e de múltiplas formações socioculturais, são indispensáveis para entendimento da paisagem brasileira e reinterpretações do legado europeu.
Este ensaio descreve, por meio de anotações muito sintéticas, o tema muito complexo e abrangente da interação, no espaço e no tempo, entre a globalização com urbanização e o meio ambiente. Discorre-se por meio de três abordagens para cada um dos dois aspectos. A inter-relação entre a globalização com urbanização e o patrimônio ambiental é o cerne das reflexões. A compressão do espaço-tempo com a conectividade universal, associada às mudanças na compreensão mundial do ambiente, fizeram emergir as mudanças na percepção,no imaginário, na diversidade da cultura urbana, no espaço construído de nosso ambiente, no cotidiano das paisagens urbanas. O contexto da época contemporânea levanta desafios na construção do conhecimento, nas pesquisas e no ensino no campo da paisagem.
O texto abre um leque de questões, buscando traçar objetivos de pesquisa, estudos e ação para o arquiteto que trata com a paisagem e, em especial, com os espaços livres urbanos, mostrando o quanto é grande a responsabilidade do paisagista no Brasil, perante seus conflitos sociais e ambientais. O título não passa de uma metáfora provocativa para um início de discussão mais profundo a que se propõe.
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