O objetivo deste artigo é analisar como Karl-Otto Apel implementa a ética do discurso como uma proposta de ética global ou “macroética planetária”. Particularmente, será investigado se essa proposta é relevante e atual para lidar com as implicações éticas globais das mudanças climáticas. A macroética planetária irá exigir uma situação de diálogo e corresponsabilidade para o enfrentamento das mudanças climáticas. Isso irá demandar cooperação internacional entre governos, mas também entre indivíduos, empresas ou corporações para reduzir equitativamente as emissões de GEE o mais rápido possível e garantir políticas socialmente justas.
Este artigo tem por objetivo discutir a plausibilidade de duas críticas endereçadas à ética de Kant. A primeira é que a Ética de Kant é puramente formalista, e a segunda é que, justamente por esse formalismo, a Ética de Kant negligencia o papel das virtudes. Dentro do pensamento Ético, é possível partir do princípio de que a dignidade da humanidade fornece conteúdo para a fundamentação dos direitos humanos e para a elaboração de uma doutrina de virtudes (ethica, no sentido de Kant). Desse modo, sustenta-se que o próprio projeto de uma Metafísica dos Costumes de Kant pode responder as objeções anteriormente mencionadas.
A teoria moral de Kant é amplamente considerada como sendo inadequada para lidar com questões relativas ao tratamento do meio ambiente e de animais não humanos. Este artigo pretende avaliar essas interpretações e mostrar que a ética do dever de Kant não pressupõe chauvinismo humano. Tanto a ética kantiana quanto o raciocínio utilitarista e as teorias baseadas em direitos têm dificuldades em se adequar às preocupações éticas com certos aspectos do mundo natural. Além disso, assumir as exigências realistas sobre valores ambientais, como fazem as teorias ecocêntricas (por exemplo, ecologia profunda), envolve problemas metafísicos insolúveis. Desse modo, o raciocínio kantiano baseado em deveres e obrigações será reconsiderado e reavaliado para mostrar que ele pode fornecer razões bastante fortes, embora incompletas, para proteger o mundo natural, incluindo animais não humanos individuais.
In this paper I present some comments on Caranti’s book Kant’s Political Legacy, mainly on his approach to the foundations of human rights. I raise some questions on the way Caranti links Kant’s humanity principle, autonomy, human dignity, and the derivation of human rights. Besides that, I try to assess Kant’s true contributions to the philosophy of human rights by exploring questions on their nature and foundations. Neste artigo, apresento alguns comentários sobre o livro Kant’s Political Legacy de Luigi Caranti, principalmente a sua abordagem sobre os fundamentos dos direitos humanos. Levanto algumas questões sobre a maneira como Caranti liga o princípio de humanidade de Kant, a autonomia, a dignidade humana e a derivação de direitos humanos. Além disso, tento avaliar as efetivas contribuições de Kant para a filosofia dos direitos humanos, explorando algumas questões sobre sua natureza e fundamentação.
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