O declínio em indicadores sociais e econômicos no Brasil na segunda década do século 21 abre a questão sobre quais serão os impactos dessa conjuntura negativa sobre as gerações jovens. Analisamos esse cenário aliando a teoria sobre fratura geracional com a teoria bourdieusiana de classe, em especial o conceito de efeito de trajetória, para compreender as estratégias dos agentes sociais a partir da relação entre estrutura de capitais e instrumentos de reprodução de capital. Utilizamos uma técnica de análise de correspondência para construir um mapa das variáveis com dados da Pnad-C do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparando a situação da geração jovem entre 2012 e 2019. Os resultados apontam para uma redução das ocupações de classe média no Brasil, que foi mais sentida pela geração jovem, bem como para o aumento de jovens com alta escolaridade em classes de trabalhadores manuais. Essas evidências apontam indícios de uma possível fratura geracional na segunda década do século 21.
CDD 306 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br tem 33 escolas municipais, 6 localizadas na cidade e 27 no interior do município).
A cultura popular na perspectiva da cultura viva: novas possibilidades de desenvolvimento e modernidade Popular culture in the perspective of living culture: new possibilities of development and modernity
Nesta pesquisa, investigamos a participação do povo indígena Arara do Rio Branco no licenciamento ambiental da rodovia BR-174, ocorrido no estado do Mato Grosso. A participação das comunidades indígenas no licenciamento ambiental é exigida pela legislação brasileira, masnem sempre é devidamente concretizada. A investigação foi realizada com pesquisa documental e com base na experiência profissional dos autores. Partimos dos conceitos de doxa, territorialização e equivocação controlada para analisar esta situação desnaturalizando os pressupostos implícitos do licenciamento ambiental. Os resultados demonstram que inicialmente os Arara do Rio Branco conseguiram afirmar seus posicionamentos, afetando diretamente as relações assimétricas de poder geralmente observadas nos processos com povos originários. Entretanto, posteriormente, atores externos passaram a conduzir o processo por meio de uma visãopré-concebida sobre o licenciamento ambiental, dificultando o acompanhamento da comunidade indígena e pondo em cheque o quanto sua visão estava realmente sendo respeitada. Concluímos que o processo de participação da comunidade indígena no licenciamento ambiental implica uma disputa cosmopolítica entre a cosmovisão indígena e pré-concepções implícitas no processo de licenciamento ambiental. Esta luta simbólica precisa ser analisada de forma crítica para que não se imponham padrões externos em um processo que deve respeitar a cosmovisão dos povos indígenas.PALAVRAS-CHAVE: Povo Arara do Rio Branco. Licenciamento ambiental. Meio ambiente. Cosmopolítica.
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