Objetivou-se apresentar o perfil de mulheres privadas de liberdade em uma cadeia pública da região médio de Mato Grosso. Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, com abordagem quantitativa realizada em 2017. Foi realizada aplicação de formulário semiestruturado contendo perguntas abertas e fechadas com as 57 mulheres, sendo as mesmas entrevistadas individualmente; posteriormente os dados foram sistematizados em planilhas eletrônicas e analisados pelo SPSS versão 20.0. O perfil predominante foi de participantes autodeclaradas pardas (73,7%), com faixa etária entre 18 e 31 anos (56,2%), ensino fundamental incompleto (56,2%), donas de casa (38,6%), solteiras (47,4%), com até 4 filhos (82,5%), detidas pelo crime de tráfico de drogas (54,4%) e com período de reclusão de até dois anos (82,5%). O perfil aqui descrito reflete a relação entre a população com maior fragilidade socioeconômica, a inserção no crime através do parceiro e o tráfico de drogas como busca de renda. Neste sentido faz-se necessário a elaboração de políticas públicas intersetoriais que possibilitem a redução das desigualdades sociais, de gênero e a inserção das mulheres desde a infância em ambientes que potencializem sua qualidade de vida. ARTIGOS / ARTICLES CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDEPalavras chave: Epidemiologia. Mulheres. Prisões.The objective of this study was to present the profile of women deprived of their liberty in a public chain in the middle region of Mato Grosso. This was a cross-sectional survey with a quantitative approach carried out in 2017. A semi-structured questionnaire containing open and closed questions was applied to 57 women with individual interviews, later the data systematized in electronic spreadsheets and analyzed by the SPSS version 20.0. The predominant profile self-reported by the participants was brown (73.7%), aged between 18 and 31 (56.2%), incomplete elementary school (56.2%), housewives (38.6%), (47.4%), with up to 4 children (82.5%), arrested for the crime of drug trafficking (54.4%) and with imprisonment for up to two years (82.5%). The profile described reflects the relationship between the population with greater socioeconomic fragility, insertion in crime through the partner and drug trafficking as a search for income. In this sense is necessary the elaboration of intersectional public policies that allow the reduction of social and gender inequalities and the insertion of women since their childhood in environments that enhance the quality of life. Resumo
Este artigo está publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho seja corretamente citado. DIFICULDADES DAS MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDEDifficulties of women deprived of liberty in accessing health services Dificultades de mujeres privadas de libertad para el acceso a los servicios de salud Bianca Carvalho da GraçaUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Michele de Melo MarianoUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Maria Aparecida de Jesus Xavier GusmãoUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Juliana Fernandes CabralUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Vagner Ferreira do NascimentoUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Josué Souza Gleriano Universidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Thalise Yuri Hattori Universidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil Ana Cláudia Pereira Terças TrettelUniversidade do Estado de Mato Grosso -UNEMAT -Tangará da Serra (MT) -Brasil RESUMOObjetivo: Conhecer como se dá o acesso aos serviços de saúde pelas reeducandas de uma cadeia pública. Métodos: Trata-se de pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa, desenvolvida na cadeia pública feminina de um município da região Médio-norte de Mato Grosso, Brasil, junto a 15 mulheres privadas de liberdade. A coleta de dados ocorreu no mês de outubro de 2016, através de entrevista semiestruturada em que as falas foram gravadas e, posteriormente, transcritas para análise de conteúdo na modalidade Análise Temática. Resultados: O descontentamento com os serviços oferecidos foi evidenciado, devido, principalmente, a ausência dos recursos humanos e materiais necessários para o atendimento em saúde no cárcere. O encaminhamento para serviços municipais é realizado apenas em situações de urgência/emergência, sendo executado através de escolta que, muitas vezes, é limitada em decorrência do baixo contingente de profissionais disponíveis. Conclusão: A dificuldade no acesso expressa as iniquidades a que essa população está exposta, limitando as ações de promoção e prevenção, tornando o acesso restrito ao atendimento de doenças e agravos em fase grave e aguda, em que a atenção é voltada exclusivamente para assistência.Descritores: Acesso aos Serviços de Saúde; Mulheres; Prisões; Determinantes Sociais da Saúde.
Introdução: A vida no encarceramento é permeada por desafios de diferentes áreas, a percepção sobre como as mulheres percebem saúde e o seu processo de adoecimento no ambiente prisional é fundamental para ampliar as discussões que possam reduzir as iniquidades a que estão expostas. Objetivo: Conhecer e refletir sobre a percepção do processo saúde-doença a partir do ponto de vista de reeducandas. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa desenvolvida em uma Cadeia Pública Feminina de um município da região médio norte de Mato Grosso junto a 57 mulheres condenadas ou em regime provisório. A coleta de dados foi realizada no mês de outubro de 2016, através de entrevista individual guiada por roteiro semiestruturado elaborado pelos próprios pesquisadores, contendo questões abertas que abordavam aspectos relacionados à percepção das reeducandas sobre o conceito de saúde e seus condicionantes e determinantes. Resultados: Os relatos expressaram significados diversificados de saúde para essa população, desde conceitos reduzidos à outros mais amplos, correspondendo à ausência de doenças, acesso aos profissionais de saúde e medicamentos, autocuidado, possibilidade de exercerem atividades laborais e liberdade. Conclusões: Ressalta-se a necessidade da criação e efetivação de políticas públicas e projetos sociais, oferta de educação continuada aos profissionais penitenciários, parceria com atores sociais e participação ativa dos profissionais de saúde para garantia de melhor qualidade de vida para as reeducandas e manutenção do sistema prisional.
ResumoA criança indígena encontra-se atualmente num cenário de vulnerabilidade social, devido principalmente a sua condição histórica e social marcada de grandes transformações. A existência das desigualdades éticas e raciais deixa-as dependentes de um olhar diferenciado nos serviços de saúde, haja vista a forte discrepância nos fatores que contribuem para o adoecimento da criança indígena e seu índice de mortalidade infantil. Objetivou-se através desse estudo conhecer o processo de adoecimento da criança indígena brasileira e suas implicações para a mortalidade infantil. Tratase de uma revisão de literatura realizada no mês de dezembro de 2015, a partir de busca eletrônica na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados Scielo, Medline e Lilacs, utilizando os descritores: população indígena, criança e cultura, com o operador booleano "and". Para seleção das publicações a serem incluídas na revisão adotou-se como critérios de inclusão: artigos, teses e documentos científicos, no idioma Português (Brasil), publicados entre os anos de 2005 a 2015. Obteve-se 14 materiais, sendo excluídos 4 que não se relacionavam com o tema. Os resultados apontam um processo de adoecimento indígena marcado pelas precárias condições de infraestrutura e acesso a informações de saúde. As doenças prevalentes entre esse público são as 135 infecciosas, parasitárias, e as carências nutricionais, a desnutrição e a anemia. Tais achados contribuem para a taxa de mortalidade entre as crianças indígenas, que permanece superior a das demais crianças, constituindo um importante problema de saúde pública. AbstractIndigenous child currently lies in a setting of social vulnerability, mainly due to its historical and social condition marked major changes. The existence of ethical and racial inequalities leaves them dependent on a different look in the health services, given the strong discrepancy in the factors that contribute to the illness of indigenous children and their infant mortality rate. This study aimed to know through this study the disease process of the Brazilian Indian child and its implications for infant mortality. This is a literature review conducted in December 2015, from electronic search in the Virtual Health Library (VHL), the following databases Scielo, Medline and Lilacs, using the descriptors: indigenous people, children and culture with the Boolean operator "and". For selection of the publications to be included in the review it is adopted as inclusion criteria: articles, theses and scientific papers, in Portuguese language (Brazil), published between the years 2005 to 2015 was obtained 14 materials were excluded 4 that They not related to the theme. The results show an indigenous disease process marked by poor infrastructure conditions and access to health information. The prevalent diseases among this audience are infectious, parasitic, and nutritional deficiencies, malnutrition and anemia. These findings contribute to the mortality rate among indigenous children, which remains more than the other childr...
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