O componente curricular Trabalho de Campo Supervisionado II (TCS II), a partir da diversificação de cenários de aprendizagem, propõe a inserção na Atenção Primária à Saúde (APS) desde os períodos iniciais do curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Este trabalho apresenta a experiência de discentes e preceptor de TCS II, em uma Unidade Básica de Saúde, nos 3º e 4º períodos. Da experiência do campo, acompanhada por meio de relatos escritos e reflexões, emergiram categorias utilizadas para descrever e analisar as contribuições da inserção sistemática na APS como dispositivo de mudança na formação médica. Conclui-se que a APS como cenário de aprendizagem é um espaço capaz de oferecer novas perspectivas de formação em saúde, com base nas necessidades de saúde da população, devendo permanecer como um espaço de prática nos períodos subsequentes do curso, o que, efetivamente, ainda não acontece.
O artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa exploratória que envolveu profissionais de saúde que atuam na implementação da Estratégia Rede Cegonha na Região Metropolitana II do estado do Rio de Janeiro. A pesquisa ocorreu pari passu à Ação de Extensão “Rede Cegonha: uma proposta interinstitucional de Educação Permanente”, realizada por docentes e técnicos da Universidade Federal Fluminense, com fins de qualificação da assistência materno-infantil nessa região. A metodologia incluiu análise documental da Estratégia, observação participante das atividades da Ação de Extensão, e aplicação de entrevista com os Coordenadores Municipais de Educação Permanente, visando identificar concepções dos profissionais de saúde sobre gênero e refletir sobre seus impactos nas ações de assistência realizadas no âmbito da Rede Cegonha. Os resultados indicaram que a assistência é guiada exclusivamente por concepções e subjetividades individuais prévias dos profissionais, apontando a necessidade de ações de Educação Permanente em Saúde que propiciem a re-elaboração coletiva de conceitos e práticas, com fins de reduzir as iniquidades e garantir o acesso a boas práticas de cuidado materno-infantil.
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