A patogenicidade de dois isolados de Pratylenchus coffeae do Brasil sobre plântulas de cafeeiro (Coffea arabica) cv. Mundo Novo foi avaliada em dois experimentos de casa de vegetação. No primeiro experimento, avaliou-se o efeito de densidades populacionais iniciais (Pi = 0, 333, 1.000, 3.000 e 9.000 nematóides por planta) de um isolado de P. coffeae proveniente de Marília (hospedeiro: cafeeiro). Os valores das variáveis foram ajustados pelo modelo não linear de Seinhorst Y = m + (1-m).Z Pi-T. Ao final do experimento (270 dias após a inoculação), todas as plantas que receberam Pi = 9.000 e a maioria das que receberam Pi = 3.000 haviam morrido. Verificou-se acentuado efeito de P. coffeae sobre a fotossíntese a partir da Pi = 1.000 e sobre o crescimento do cafeeiro a partir da Pi = 333. No segundo experimento, comparou-se a patogenicidade de dois isolados de P. coffeae [de Marília e Rio de Janeiro (hospedeiro: Aglaonema sp.)] sobre plântulas de cafeeiro com dois pares de folhas verdadeiras, utilizando-se a Pi = 8.000 nematóides por planta. Ambos os isolados reduziram a fotossíntese, mas o isolado de Marília causou intenso escurecimento das raízes, clorose foliar e menor tamanho das raízes e parte aérea. O crescimento populacional de ambos os isolados foi baixo, comprovando que o cafeeiro não é um bom hospedeiro desses isolados. Os resultados deste experimento demonstraram diferença na patogenicidade entre os isolados testados, confirmando trabalhos anteriores que verificavam que eles apresentam diferenças morfológicas e quanto à preferência por hospedeiros.
Aos meus pais, Mauro e Celina, pelo amor e apoio que me permitiram chegar até aqui. Ao meu esposo Fause, pelo companherismo nas horas de dificuldades.
Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora. Universidade de São Paulo, ESALQ. Piracicaba SP. 2004. RESUMODois experimentos em casa de vegetação foram realizados com o objetivo de se avaliar os danos causados ao cafeeiro (Coffea arabica) pela população M 2 de Pratylenchus coffeae, supostamente não patogênica a cafeeiros. Pelo experimento 1, com cafeeiro 'Catuaí Vermelho' em estágio de dois pares de folhas e utilizando as densidades iniciais de 0, 333, 1.000, 3.000 e 9.000 nematoides por planta, foi demonstrado que a população M 2 causa danos a cafeeiros jovens, apesar de não ser capaz de se reproduzir em suas raízes. No experimento 2, mantendo a cultivar e as densidades populacionais do nematoide, mas com plantas em estágio de seis pares de folhas, evidenciou-se que M 2 não é capaz de causar danos. Portanto, comprovou-se que M 2 é uma população de P. coffeae não patogênica a cafeeiro arábico, por não se reproduzir em tal hospedeiro, mas que, em plantas jovens, provavelmente causa danos durante a primeira geração. Palavras-chave: Aglaonema, densidades, diversidade, habilidade reprodutiva, penetração nas raízes, virulência. ABSTRACT Evaluation of damage caused on Coffea arabica by a population of Pratylenchus coffeae considered non-pathogenic on coffeeTwo greenhouse experiments were carried out in order to evaluate the damage caused on Arabica coffee (Coffea arabica) by an M 2 population of Pratylenchus coffeae, apparently non-pathogenic to coffee. Experiment 1, with 'Catuaí Vermelho' coffee at stage of two leaf pairs and with the initial nematode densities (Pi) of 0; 333; 1,000; 3.000; and 9,000 per plant, demonstrated that M 2 can damage young coffee plants, although it is unable to reproduce on coffee roots. Experiment 2, with the same coffee cultivar and nematode densities, but with plants at stage of six leaf pairs, showed that the M 2 population was unable to cause damage. Therefore, it was established that M 2 is a population of P. coffeae without reproduction on Arabica coffee, which causes damage only in the first generation on young coffee below stages of six leaf pairs.
AGRADECIMENTOSÀ CAPES pelo suporte financeiro, através da bolsa de Mestrado.Agradeço ao Prof. Dr. Luiz Carlos Camargo Barbosa Ferraz pela valiosa orientação, estímulo e profissionalismo.Agradeço especialmente ao Prof. Dr. Mário Massayuki Inomoto pelos ensinamentos, confiança e compreensão.Ao meu padrinho da Nematologia, Dr. Guilherme Lafourcade Asmus, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, MS.
There is limited information on the influence of Pratylenchus coffeae on the growth and development of coffee plants, in spite of the widespread occurrence of this nematode in coffee plantations. In addition, populations of P. coffeae vary in morphological and molecular features, as well as reproductive fitness and pathological potential. The objective of the present study was to compare the pathogenicity of two Brazilian P. coffeae populations, K 5 from Coffea arabica roots and M 2 from Aglaonema sp. roots, in terms of their influence on the plant growth and photosynthesis of Arabian coffee (C. arabica). Five experiments were conducted in controlled conditions, and the results demonstrated that K 5 is pathogenic on coffee, as it can reproduce and causes obvious damage on the plant. Moreover K 5 proved to be very virulent on Arabian coffee, considering its effects on seedling mortality, plant growth and photosynthesis. By contrast, M2 was considered to be of low virulence, or even non-pathogenic, on coffee because it failed to reproduce. Thus, the results indicate that K 5 and M 2 may be distinct species, supporting the hypothesis of previous authors.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.