História das ciências e tecnologia: onde estão as mulheres? está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.
Esse texto tem o objetivo de discutir proposições e iniciativas de escolarização para mulheres trabalhadoras e de cor, entre o final do século XIX e início do século XX, partindo de algumas experiências de escolarização na Bahia e do caso de Maria Odília Teixeira, a primeira mulher negra a se formar na FAMEB (Faculdade de Medicina da Bahia) em 1909. As fontes para o texto são ofícios do setor de Instrução Pública da Bahia, relatório de inspetores literários da Bahia, teses doutorais e memórias históricas da Biblioteca Gonçalo Moniz, matrículas, pagamentos e atestados do Arquivo da Faculdade de Medicina da Bahia, jornais e fonte oral. O período historiográfico em tela é de considerável relevância para compreender o processo de declínio da escravidão no Brasil, do advento da República e do pós-abolição. Tais fatores estiveram evidentes não somente a partir da promulgação de lei de 13 de maio de 1888, mas como reflexo das ações de homens e mulheres que contestaram a ordem escravista de forma também a enfraquecê-la até o decreto da lei e a escolarização se apresenta como uma das vias de resistência e mudanças na vida dessas pessoas.
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