A relação entre práticas narrativas e agência/resistência é o foco central deste artigo, que se fundamenta sobre as bases teórico-epistemológicas da Análise da Narrativa em paralelo à Análise Crítica do Discurso. Lançamos nosso olhar sobre narrativas orais de experiências vicárias em um contexto muito particular: uma mesa de almoço entre colegas de trabalho que atuam como advogados em território periférico, com o objetivo de observar o lugar do corpo em práticas linguísticas cotidianas nas quais micropolíticas de resistência são estabelecidas. Para tanto, sustentamo-nos nas concepções performativa de narrativa e identidade (AUSTIN, [1962] 1990; BAUMAN, 1986; MISHLER, 2002; RIESSMAN, 2008; BASTOS, 2008; BUTLER, [1990] 2015), bem como nos estudos sobre as relações entre narrativas, corpo e identidade (PINTO, 2007). Pretendemos, assim, demonstrar que os estudos linguísticos que lidam com a articulação entre narrativas, corpo e identidade devem levar em conta a relação inevitável entre corpos e contextos, ocupando-se de suas inscrições situadas em um aqui e agora e de suas emergências em práticas interacionais cotidianas, evidenciando marcas de gênero e de classe.
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