D. Pedro II é um dos personagens mais emblemático do Brasil no século XIX, pois é uma referência de um "tempo histórico", ou melhor, a construção de sua imagem sempre está refletida na estrutura sócio-política do seu reinado. O monarca tornou-se a "chave principal para compreender a política imperial no Segundo Reinado” Entretanto, podemos nos perguntar se D. Pedro II fora fruto do seu tempo histórico ou fora construído assim? Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho é verificar nas biografias produzidas sobre esse personagem, pela antropóloga Lilia Moritz Schwarcz (As Barbas do Imperador, 1998), e pelos historiadores José Murilo de Carvalho (D. Pedro II, 2007) e Roderick J. Barman (O Monarca-Cidadão, 2013), as (diferentes) concepções de tempo que são apresentadas nestas narrativas, na trajetória do Imperador.
D. Pedro II foi objeto de uma conferência ministrada por Gilberto Freyre em 1925, comemorando o centenário do seu nascimento. 50 anos depois a conferência foi publicada como livro. O objetivo deste texto é analisar a narrativa desta obra, partindo do conceito de composição da intriga e identidade narrativa do Paul Ricoeur, e, também, buscando identificar a importância do acontecimento no resgate biográfico. Ao final conseguimos compreender como Freyre, a partir deste escrito, mais do que biografar o monarca, esclarece sua perspectiva sobre a história do Brasil.
Instituto Federal de Rondônia -Campus Cacoal O sucesso editorial do gênero biográfico não se reflete diretamente na academia. Por vezes, esse tipo de narrativa fora negligenciado ou diminuído em várias áreas do conhecimento e, principalmente, na História. Contudo, diversos estudos vêm alterando essa perspectiva sobre a biografia, possibilitando a ampliação dos usos biográficos na História e em variadas ciências. Partindo de uma análise bibliográfica, buscamos elucidar quais são os debates acadêmicos atuais sobre este gênero, quais os principais usos dessa narrativa neste ambiente, e quais as limitações e problematizações da biografia na contemporaneidade, principalmente no campo historiográfico. Ao final, pudemos identificar um avanço epistemológico no gênero biográfico, conseguindo este ter maior autonomia, principalmente frente à historiografia, contudo, ainda há um longo caminho para quebrar tabus em torno dessa forma de narrativa.
Manuel Castells, em sua clássica obra Sociedade em Rede, afirmou que no final do segundo milênio da era cristão, "uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação, começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado" (2000, p. 39). O sociólogo não pode prever que, mais do que modificar e "remodelar a base material", iriamos ser arrastados para estes meios tecnológicos, em uma velocidade que ultrapassou o limite do material, chegando ao imaterial. Dessa forma, vivemos hoje um momento de dúvida, crise, instabilidade, sem sabermos para onde vamos. Devido a este cenário, a obra de Han se apresenta como necessária aos estudos das humanidades, e, também, diretamente à historiografia. Afinal, muito destas transformações afetam diretamente o trabalho do/a historiador/a. Byung-Chul Han é um filósofo germano-coreano que teve sua formação acadêmica na Alemanha.
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