RESUMOObjetivo: Comparar a pressão intraocular (PIO) pré e pós-LASIK, correlacionando-as com as mudanças da espessura corneana central (ECC) e ceratometria simulada média (K), assim como verificar o resultado de fórmula corretiva proposta anteriormente. Métodos: Estudo longitudinal, prospectivo, realizado em pacientes submetidos a LASIK. Os pacientes foram submetidos ao exame oftalmológico completo, no pré-operatório e após 2 meses da cirurgia. A pressão intraocular foi avaliada com tonô-metro de aplanação de Goldmann entre 9 h e 11 h da manhã, a ceratometria simulada média foi avaliada por meio de topografia corneana e a espessura corneana central foi aferida por paquímetro ultrassônico, sendo considerada a média de três aferições. Foram excluídos dois pacientes com cirurgias ou doenças oculares prévias, e uso prévio de corticosteróide tópico nos últimos três meses. As cirurgias foram realizadas de acordo com os procedimentos-padrão. Foi utilizada a fórmula [PIO real = PIO aferida + (540 -ECC)/71 + (43 -K)/2,7 + 0,75 mmHg] proposta para correção da pressão intraocular pós-operatória. Resultados: Quinze olhos de oito pacientes foram avaliados, a idade variou de 24 a 46 anos (média: 31,37 ± 7,27). Foi observada diferença estatisticamente significante entre as medidas da pressão intraocular, de ceratometria simulada média e da espessura corneana central pré e pós-LASIK. (p=0,0001). Foi observado que para cada 1D corrigida, há uma subestimação, em média, de 1,06 ± 0,59 mmHg (0,11 a 1,89 mmHg). A aplicação da fórmula corretiva levou a 80% dos olhos com a tonometria estimada entre ± 2,50 mmHg da pré-operatória, no entanto, quando comparada com a tonometria pré-operatória, estas são estatisticamente diferentes (p=0,0266). Conclusões: Os olhos submetidos a LASIK apresentaram PIO pós-operatória menor do que a pré-operatória. A pressão intraocular pôde ser moderadamente correlacionada com a espessura corneana central e fracamente com a ceratometria simulada média. Não houve correlação entre a profundidade de ablação e a variação da pressão intraocular, no pós-operatório. Usando a fórmula proposta, pudemos averiguar que 80% dos pacientes apresentaram pressão intraocular entre ± 2,50 mmHg da pré-operatória. Descritores INTRODUÇÃODesde 1993, LASIK (laser in situ keratomileusis) é a técnica cirúrgica mais executada pelos cirurgiões refrativos (1) , não só pela rápida recuperação visual, como também pela possibilidade de correção das ametropias mais altas (2) . A correção é obtida pela Correspondence address: Thiago George Cabral Silva. Departamento de Oftalmologia HSPE/SPAv. Ibirapuera, 981 -São Paulo -SP -04029-000 -Brazil E-mail: thiagogeorge@hotmail.com alteração da curvatura anterior da córnea, havendo diminuição da sua espessura secundária à ação do laser. Entretanto, essas mudanças estruturais estão correlacionadas com leituras subestimadas da pressão intraocular (PIO) no pós-operatório pelo tonômetro de aplanação de Goldmann (TAG) (3) .
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