O objetivo deste trabalho é analisar o comportamento térmico de uma cobertura ajardinada com a grama Braquiária (Brachiaria humidicola), que atinge 1m de altura, comparando-a com a de uma cobertura tradicional (laje exposta). Considerando-se os dados obtidos por meio de monitoramentos com aparelhos registradores de temperaturas e umidades relativas, em diferentes épocas do ano, analisou-se o comportamento térmico das coberturas tradicional e verde. Foram medidas as temperaturas do ar no interior e no exterior das células-teste e as superficiais internas de ambas as células. Os resultados indicam que, submetida ao clima local, a cobertura ajardinada apresenta ótimo desempenho, particularmente por amortecer as temperaturas das superfícies externas e internas da cobertura. Nessa mesma célula-teste realizou-se recentemente uma pesquisa similar, mas que utilizou a grama Esmeralda (Zoysia japonica), uma vegetação rasteira. Comparando-se os resultados dos monitoramentos realizados, nos períodos de frio e calor, foram detectadas diferenças entre os comportamentos térmicos das duas gramas.
Imperfeições, saliências e reentrâncias existentes nas superfícies típicas das edificações constituem obstáculos que podem alterar significativamente o comportamento delas em relação aos fluxos por radiação. Além de ampliar a área efetiva de troca de calor, criam sombras e reflexões, que não ocorreriam em. Assim, os procedimentos de cálculo, ao invés de considerar as superfícies perfeitamente lisas e planas, deveriam aplicar correções nas propriedades radiativas das superfícies. Denominam-se efetivas as absortâncias e emitâncias que resultam dessas correções. O presente artigo apresenta um método simples desenvolvido para avaliar essas influências e exemplifica a importância das correções acima mencionadas, apresentando resultados de simulações elaboradas no programa EnergyPlus para uma edificação de geometria simples, submetida ao longo de 1 ano ao clima da cidade de Brasília. Adotando-se absortâncias e emitâncias efetivas, os resultados das simulações revelam diferenças de até 2,8 ºC nas temperaturas internas do ar em relação às obtidas desprezando-se as influências que as ondulações das telhas exercem sobre os fluxos radiantes. Considerando o uso de condicionadores de ar, essa diferença pode representar uma variação de cerca de 30% nas estimativas de consumo de energia.
Resumoventilação natural é uma das estratégias mais importantes para o condicionamento térmico passivo de ambientes internos de edificações, podendo ocorrer pela ação dos ventos, pelo efeito chaminé ou pela combinação de ambos. Em áreas urbanizadas, a velocidade do vento é sensivelmente reduzida pelos obstáculos locais, tornando o efeito chaminé uma alternativa de projeto mais viável, pois independe dos ventos. Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir procedimentos estimativos do potencial de uso de chaminés solares para edificações de baixa altura, localizadas em regiões de baixa latitude. Desenvolveram-se previsões teóricas, através de um modelo matemático e de simulação computacional. Realizou-se um processo de calibração destes modelos, utilizando como referência os resultados do monitoramento experimental de uma célula de teste. O processo baseou-se na análise comparativa de algumas variáveis selecionadas, considerando-se dados de temperatura superficial, temperatura do ar e vazão volumétrica no interior da chaminé. Os resultados indicaram que os modelos teóricos têm potencial de aplicação na avaliação do desempenho de chaminés solares, especialmente o modelo de simulação, em que foram observadas diferenças inferiores a 20% entre resultados medidos e calculados.
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