Neste artigo são apresentados alguns resultados de uma pesquisa financiada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq-2017/2018. A investigação visava a pesquisar o impacto, em sentido amplo, do ingresso de estudantes subcotistas étnico-raciais na UNIVERSIDADE X, mas em alguns de seus cursos de alto prestígio, a saber: Agronomia, Direito, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Medicina e Medicina Veterinária. O período pesquisado, do primeiro semestre de 2013 ao segundo semestre de 2016, refere-se ao prazo para o cumprimento integral do disposto na Lei 12.711/2012, que determinou a implantação do sistema de cotas nas universidades federais brasileiras. Constatou-se, por um lado, que houve o ingresso fraudulento de estudantes brancos/as nas subcotas étnico-raciais destinadas a estudantes pretos/as, pardos/as e indígenas. Por outro lado, e em consequência das fraudes, a pesquisa também evidenciou a pouca presença de estudantes negras (pretas e pardas) nos cursos supracitados, mesmo após a implementação de uma política pública que tinha como objetivo aumentar a presença dessas estudantes na universidade.
O objetivo deste artigo é apresentar uma análise de representações sociais de estudantes cotistas negros/as sobre o significado de suas inserções na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Como procedimento metodológico, realizamos dezesseis entrevistas com estudantes cotistas negros/as dos mais diversos cursos de graduação em Viçosa. A pesquisa revela que o sonho de estudar numa reconhecida Universidade é do indivíduo e de suas respectivas famílias. Ambos, família e estudante, têm a expectativa de que em decorrência dos estudos os/as jovens possam ter bons empregos e acesso a recursos materiais que minimizem suas dificuldades e de seus familiares. As vivências na Universidade lhes revelaram que essa tem uma formação humanística deficitária e que precisaria promover maior diálogo com a sociedade que a circunda, assim a presença destes agentes pode contribuir para reflexão sobre potencialidades e limitações da formação universitária.
O presente artigo traz uma reflexão crítica das memórias e temporalidades das experiências negras brasileiras que se apresentam na obra Diário de Bitita, publicação póstuma em 1986 da escritora Carolina Maria de Jesus [1914-1977]. Buscamos explorar os contextos de sujeição e resistência presentes na obra que possibilitam discutir, por um lado, a temporalidade e as maneiras de contar sobre si e sobre o mundo que não se encerra em narrativas de dor e sofrimento e, por outro lado, o conjunto de memórias do cotidiano que é capaz de conceber uma narrativa sobre/do Brasil. A articulação temporal do passado escravocrata às experiências de opressão e desigualdades sociais e raciais encenadas em Diário de Bitita, elaboram uma narrativa que tensiona imaginários nacionais hegemônicos, entre eles a ideia de democracia racial. Ademais, a denúncia e crítica social constitutiva da obra é pavimentada por um estilo estético e poético composto de ironias, lembranças, sonhos e desejos.
The objective of this research is to present and discuss the results with the inclusion of an educational alternative – Construction of Card Games – in order to enhance students learning in the discipline of Systems Transports in the Civil Engineering course of UFPR, when compared with classes that did not perform the activity. Through this discipline sought to assess if the students would be able, with the proposed approach, of absorb new knowledge and more interesting, without compromising the traditional programmatic content. For this, the decks were made in class times. The results, by the final ratings of discipline, when compared with three other classes in the same discipline, taught by other professors who did not develop the activities, show that this tool contributed in some way to the improvement of the traditional methodology, seen that among the groups showed the highest average compared to others, with positives results for learning.
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