;. TRATAMENTO DAS ESTENOSES PÉPTICAS DE ESÔFAGO: RESULTADOS DAS DILATAÇÕES COM AUXÍLIO DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA.ABCDExpress. 2017;1(2):74. Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASIntrodução: A estenose péptica do esôfago (EPE) está entre as principais complicações da DRGE, juntamente com esofagite erosiva, ulcerações, hemorragia digestiva, esôfago de Barrett e adenocarcinoma. Acomete de 7% a 23% dos portadores de DRGE e sua incidência vem decrescendo nos últimos anos, paralelamente à popularização do uso dos bloqueadores da bomba de prótons (IBPs). As manifestações incluem a disfagia progressiva, a odinofagia, pirose, regurgitação, aspiração, dor torácica, tosse crônica, perda de peso e desnutrição, além de queda da qualidade de vida. As terapêuticas não-cirúrgicas, minimamente invasivas, são a primeira escolha para tratamento de estenoses esofágicas de qualquer etiologia, destacando-se as dilatações com velas ou balões, com auxílio da endoscopia digestiva. A terapia com dilatações contínuas e periódicas tem por objetivo expandir a estenose por meio do aumento do seu diâmetro interno, sendo necessárias repetidas dilatações até a melhora da disfagia. Objetivo: Avaliar doentes com EPE secundária à DRGE, submetidos a sessões de dilatações ambulatoriais, com auxílio de endoscopia digestiva, empregando velas de Savary-Gilliard, progressivamente maiores, até obtenção de resultados satisfatórios e alívio da disfagia. Método: análise de 203 casos tratados no período de janeiro de 1990 a janeiro de 2017, sendo 128 masculinos (63%). A faixa etária variou de 15 a 93 anos (média de 60,2 anos). Dentre as associações: hérnia hiatal -20 casos (9,8%); fundoplicaturas prévias -12 casos (5,9%); esôfago de Barrett -10 casos (4,9%); esclerodermia -5 casos (2,5%); gastrectomia Billroth II -4 casos (2%); HIV -3 casos (1,5%); P.O. de gastroduodenoanastomose -2 casos (0,9%); uso prolongado de S.N.G. -2 casos (0,9%); ingestão de cáusticos -1 caso (0,5%); laringectomia prévia -1 caso (0,5%) e Síndrome de Plummer-Vinson -1 caso (0,5%). Resultados: A média de sessões de dilatações esofágicas por doente foi de 7,4 vezes (variando de uma a 48 sessões). Na avaliação final, os resultados quanto ao alívio da disfagia foi considerado: excelente -70%; bom -20%; regular -5%; ruim -2% e sem informações -2%. Conclusão: As dilatações esofágicas auxiliadas por endoscopia digestiva se constituem em uma ótima alternativa para alivio da disfagia de portadores de estenose péptica do esôfago secundária à DRGE, principalmente, em doentes idosos, com co-morbidades, que não reúnem condições para serem submetidos a tratamento cirúrgico. ABCDExpress 2017;1(2):74Codigo: 63473 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
Instituição: FACULDADE DE CIENCIAS MEDICAS -UNICAMPRelato de Caso Paciente, 59 anos,masculino, tabagista e etilista. Com queixa de epigastralgia há 1 ano sendo que há 2 meses evolui com disfagia progressiva, inicialmente para sólidos progredindo para alimentos pastosos. Refere perda de 6 kg no período de 2 meses. Realizou EDA que diagnosticou lesão vegetante e infiltrativa de 6 cm de extensão À 29 cm da ADS, cujo anátomo-patológico evidenciou carcinoma espinocelular ulcerado do esôfago. Tomografia de estadiamento de tórax apresentou nódulos pulmonares. Nova EDA reafirmou o diagnóstico e broncoscopia de estadiamento não mostrou invasão para a árvore traqueobrônquica. Nova tomografia de tórax, 2 meses após a primeira, evidenciou 4 nódulos no lobo inferior direito podendo corresponder à lesão secundária. Logo, paciente foi submetido à gastrostomia endoscópica e encaminhado para terapia com quimiorradiação. EDA após terapia oncológica mostrou lesão actínica sem evidências de malignidade.Tomografia de tórax após término da terapia mostrou que os nódulos pulmonares mantiveram o tamanho e características, sem conclusão para malignidade pela equipe de cirurgia torácica. Paciente apresentou melhora da disfagia após quimiorradiação , mantendo somente disfagia para sólidos e mantendo nutrição pela gastrostomia. Após 2 anos decorridos do término da terapia oncológica, apresentou progressão da disfagia. Realizada nova EDA que evidenciou estenose completa do esôfago sem sinais de malignidade. Tomografia de re-estadiamento não apresentou indícios de doença metastática. Portanto, paciente foi submetido à Esofagectomia total por Videotoracoscopia seguida de reconstrução com tubo gástrico, evoluindo no pós-operatório sem intercorrências. Anátomo-patológico da peça cirúrgica evidenciou estenose actínica total da luz do esôfago sem sinais de malignidade. Discussão A neoplasia maligna de esôfago apresenta elevada mortalidade, devido à agressividade do tumor e diagnóstico tardio. A esofagectomia é a proposta terapêutica que apresenta maior índice de sucesso, essa pode ser feita após terapia neoadjuvante com radio e quimioterapia. Além disso, outra modalidade de cirurgia é a esofagectomia de resgate, esta é indicada para pacientes que foram submetidos a quimiorradiação definitiva devido ao estadiamento avançado da doença no momento do diagnóstico, mas obtiveram boa resposta com o tratamento proposto, e por isso, esses pacientes são selecionados para realizar a cirurgia, a qual não havia proposta antes do tratamento. ABCDExpress 2017;1(2):66Codigo: 64320 Acesso está disponível em www.revistaabcd.com.br e www.sbad2017.com.br Acesso pelo
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