Introdução: O tecido adiposo produz alguns hormônios importantes no metabolismo que são enviados para a circulação sanguínea e atuam na inflamação, podendo ser antagônicos ou promotores deste processo, sendo assim entende-se que a obesidade altera a produção destas substâncias as quais pode afetar no sistema imunológico. Objetivo: Compreender a resposta imunológica correlacionado a obesidade. Material e métodos: Foi realizada busca nas plataformas Google acadêmico e Scielo de artigos desde 2018 em português com os termos “adipocinas e sistema imune”. Resultados: O aumento da quantidade da camada de tecido adiposo que compõe a obesidade promove uma menor perfusão tecidual sanguínea, devido a hipertrofia dos adipócitos, o que pode causar a hipóxia local e morte celular. Em decorrência disto, a angiogênese é promovida, assim como um processo inflamatório. Portanto, estas condições estimulam a quimiotaxia de macrófagos e induz a expressão gênica de substâncias pró-inflamatórios no tecido adiposo (Tumor necrosis factor - TNF-∝; interleucina-6 - IL6; monocyte chemoattractant protein-1 - MCP-1) e inibição de adiponectina. Este hormônio produzido no tecido adiposo com caráter anti-inflamatório, seus níveis diminuem a adesão de monócitos ao endotélio vascular e atuam na diminuição da resistência insulínica. O MCP-1, atua no direcionamento de macrófagos, células apresentadoras de antígenos, ao sítio de inflamação, o que aumenta o número destas células no tecido adiposo e promove a liberação de TNF-∝ por estas células. Este último, aciona cascata de resposta inflamatória intracelular. Já a IL6 inibe a expressão de adiponectina e de receptores e sinalizadores de insulina. Sendo assim, a presença aumentada destas substâncias compõem quadro inflamatório que inibe a produção de adiponectinas e atuam como fator constituinte da obesidade. Conclusão: Desta forma é possível afirmar que a junção de aumento de pró-inflamatórios e inibição dos anti-inflamatórios pode promover o aparecimento de quadro inflamatório, assim como diminuição da resistência à insulina. Estes fatores fazem com que a integridade do sistema imunológico deste indivíduo seja comprometida, o que promove maior suscetibilidade a infecções e inflamações. Em relação à inflamação crônica instalada, as leituras informam que é necessário a busca de mecanismos terapêuticos para evitar os danos a longo prazo que o quadro pode promover.
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