Este texto pretende analisar as categorias contradição e totalidade na relação entre universal-singular-particular, na perspectiva do materialismo histórico e da pedagogia histórico-crítica, de modo a identificarmos as contribuições desta relação no trabalho educativo para o desenvolvimento da diversidade humana, de acordo com as particularidades de uma sociedade regida pelo capital. O texto se divide em dois momentos. No primeiro momento discute o duplo sentido do trabalho em Marx. O trabalho enquanto atividade fundamental no processo de transformação do mundo exterior e de si mesmo. Mas que, na sociedade dividida em classes, o indivíduo é apartado do acúmulo social e histórico da humanidade, portanto, impedido de manifestar sua diversidade na plenitude. No segundo momento, busca no trabalho educativo a relação universal-singular-particular de acordo com as categorias contradição e totalidade, ou seja, a forma pela qual o gênero humano contém o indivíduo singular, ao mesmo tempo em que este realiza a universalidade. Esta relação resulta na manifestação da particularidade, que se constitui como mediação e se torna responsável pelo desenvolvimento do indivíduo e de sua diversidade. Por fim, conclui-se sobre as ciladas dos discursos sobre diversidade, bem como a necessidade de pensar a emancipação para além das conquistas dos direitos civis e políticos pelos diferentes grupos sociais e culturais, que apesar de necessárias não correspondem a emancipação humana de modo que o indivíduo manifeste sua diversidade na plenitude.
RESUMO: Partindo de uma pesquisa bibliográfica e documental acerca da produção do conhecimento na área da Educação Física (EF), a pesquisa constata a presença hegemônica do construtivismointeracionismo nos fundamentos epistemológicos e pedagógicos do ensino da EF nos diversos níveis de escolarização e, em especial, na educação infantil. Assim, realiza-se uma crítica a tais concepções de ensino confrontando-as com os fundamentos teóricos da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica, sobretudo tomando-se como referência de análise as contribuições da teoria da atividade de A. N. Leontiev, delineando-se possibilidades de atividades de ensino com jogos e brincadeiras na área da Educação Física no trabalho pedagógico com crianças pequenas. PALAVRAS-CHAVE: Teoria da atividade. Desenvolvimento infantil. Psicologia histórico-cultural. Pedagogia histórico-crítica.ABSTRACT: From a bibliographical and documentary about the production of knowledge in the area of Physical Education (PE), the research finds the hegemonic presence of constructivisminteractionism in epistemological and pedagogical fundamentals of teaching the PE at different levels of schooling and in particular in early childhood education. Thus, we make a critique of such conceptions of teaching confronting them with the theoretical foundations of cultural-historical psychology and pedagogy historical-critical, especially taking as reference for analyzing the contributions of activity theory of A. N. Leontiev, outlining if possibilities of teaching activities with games in the area of Physical Education in educational work with young children.
Este artigo tem por objetivo apresentar uma discussão acerca das concepções de educação e cultura popular no Brasil, enraizadas pelo Centro Popular de Cultura (CPC) entre os anos 1961-1964. Foram identificados, pelo menos, três concepções como resultado das interlocuções entre diferentes grupos e classes sociais que tinham por finalidade o desenvolvimento nacional: a concepção nacional-popular, a concepção de arte revolucionária e a concepção de educação e cultura de forma desinteressada. Estas concepções coexistiram, ora convergentes ora conflituosas, mas propuseram, enquanto ponto em comum, uma educação e cultura de modo a contribuir com a transformação social. A metodologia se baseou na historiográfica e bibliográfica. Para esta discussão foram basilares o acesso aos textos do Jornal Novos Rumos e da Revista Estudos Sociais, publicados na primeira metade dos anos 1960. E também algumas produções de autores contemporâneos que pesquisaram o CPC bem como a educação e cultura popular. A escolha dos referenciais se deu de acordo com o debate aqui proposto no contexto histórico em questão.
Este artigo traz uma sistematização acerca da educação popular impulsionada pelo Partido Comunista no processo de redemocratização política no Brasil em 1945, expondo a compreensão do Partido e de seus intelectuais sobre educação e cultura, a Campanha de alfabetização, e a experiência da Universidade do Povo, depois, Escola do Povo, que tinham como objetivos a elevação cultural e a instrução das massas populares e trabalhadoras. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e historiográfica com fontes documentais em jornais de esquerda e de ampla circulação no período em questão.
Este texto analisa o debate entre intelectuais marxistas sobre ciência, cultura e luta de classes nos meados século XX. No contexto da política anticomunista e retrocesso democrático no Brasil, de intensificação das forças hegemônicas do capitalismo estadunidense na exploração dos recursos naturais e do trabalho. Esta conjuntura impôs a necessidade de defesa nacional de modo particular e polarizado nas produções artístico-culturais e científicas. O posicionamento político e a abordagem da realidade brasileira tornaram-se condições para superar o abstrato, o elitismo e as ilusões nas produções intelectuais bem como contribuir para o processo de transformação social. Este debate se caracterizou, por um lado, complexo devido ao voluntarismo político e aos embates entre os intelectuais marxistas brasileiros, por outro lado, enriquecedor e promotor de um salto artístico-cultural e científico por considerar à realidade sociocultural do país e representação do povo brasileiro.
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