O conhecimento sobre os efeitos indesejáveis do uso de fungicidas convencionais, associado à preocupação de órgãos reguladores e consumidores quanto à qualidade dos alimentos, tem estimulado a busca por novas alternativas para o controle de doenças de plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em laboratório e em campo, a atividade antifúngica de 16 óleos essenciais sobre Phakopsora euvitis , agente causal da ferrugem da videira. Foram utilizados os óleos essenciais de orégano, menta piperita, pimenta preta, nim, eucalipto globulus , citronela, canela, manjerona, alecrim, manjericão, camomila azul, cânfora branca, cravo, gengibre, tomilho branco e melaleuca. No laboratório foram realizados dois experimentos: no primeiro, foi avaliada a germinação de esporos, em meio ágar-água acrescido do óleo essencial, nas concentrações de 0,0, 0,1, 0,5, 1, 2 e 4% (v/v), e sobre este foi depositada a suspensão de esporos. No segundo experimento, aplicaram-se os óleos essenciais em folhas destacadas de videira, seguindo-se a inoculação dos esporos de P. euvitis , avaliando-se a germinação dos esporos. A partir dos dados obtidos foram calculadas as percentagens de inibições da germinação de esporos e a dose letal (DL90). Em plantas de videira no campo foi realizada uma aplicação dos óleos essenciais, na concentração de 1%, e avaliada a severidade da ferrugem, após 15 e 30 dias. As DL90 dos óleos essenciais variaram entre 0,39% (nim) e 3,9% (orégano). Os óleos essenciais mais eficientes sobre P. euvitis , em condições in vitro , foram os de camomila azul, citronela, eucalipto globulus , gengibre, nim e tomilho branco. Na aplicação realizada em campo todos os óleos essenciais reduziram significativamente a severidade da ferrugem, destacando-se os óleos essenciais de canela, citronela, nim e tomilho branco. Aspectos relacionados à fitotoxicidade necessitam ser elucidados. Os óleos essenciais avaliados apresentam potencial para serem utilizados no manejo da ferrugem da videira, contudo estudos complementares fazem-se necessários.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica in vitro de dez óleos essenciais sobre o crescimento micelial e a germinação de esporos de Sphaceloma ampelinum, agente causal da antracnose da videira. Foram utilizados os óleos essenciais de uva (Vitis vinifera), tangerina (Citrus reticulata), laranja doce (Citrus aurantium), citronela (Cymbopogon winterianus), canela (Cinnamomum zeylanicum), eucalipto (Eucalyptus staigeriana), anis estrelado (Illicium verun), alecrim (Rosmarinus officinalis), cravo (Eugenia caryophyllus) e tomilho branco (Thymus vulgaris) nas concentrações de 0,3 e 1% em relação ao volume total, os quais foram incorporados em meio de cultura ou suspensão de esporos. Determinaram-se as percentagens de inibições do crescimento micelial e da germinação de esporos. Constatou-se que os óleos essenciais de canela, tomilho branco e cravo proporcionaram os melhores efeitos de inibição sobre o crescimento micelial e a germinação de esporos de S. ampelinum e merecem mais estudos, para comprovação de sua eficiência em condições de campo.
RESUMO O presente estudo teve como objetivos: (i) determinar, in vitro, o efeito da temperatura sobre o crescimento micelial (10 a 35oC) e a germinação de conídios (10 a 45oC) de Corynespora cassiicola ; (ii) avaliar, in vitro , o efeito do regime de luz (luz contínua, fotoperíodo de 12 h e escuro) sobre o crescimento micelial, a esporulação e a viabilidade dos esporos de C. cassiicola ; e (iii) verificar, in vivo , a influência da temperatura (20 a 30oC) e da duração do período de molhamento foliar (4 a 48 h) no desenvolvimento da mancha-alvo em folhas de acerola. As temperaturas ótimas, estimadas a partir das equações, para o crescimento micelial e a germinação de esporos foram de 30 e 29oC, respectivamente. O regime de luz não afetou o crescimento micelial e a germinação dos esporos, entretanto, luz contínua favoreceu a esporulação, e a ausência de luz durante a produção dos esporos diminuiu sua viabilidade. Houve um incremento na área das lesões da mancha-alvo em folhas de acerola conforme a temperatura aumentou até 30oC. Foram necessárias 12 h de molhamento foliar para que a infecção e as lesões ocorressem.
RESUMO v.35, n.2, p.146-147, 2009 coloração amarelada em meio YSG, e que inoculadas em plantas sadias reproduziram os sintomas observados no campo. Testes bioquímicos, fisiológicos, produção de xanthomonadina e testes moleculares de PCR-RFLP da região espaçadora 16S-23S rDNA indicaram que os organismos isolados pertencem à espécie Xanthomonas axonopodis. media were isolated from typical lesions and pathogenicity of strains were confirmed on artificialy inoculated leaf on healthy plants. The biochemical and physiological tests, xanthomonadin production and molecular tests using PCR-RFLP of the 16S-23S rDNA indicated that the isolates belong to the species Xanthomonas axonopodis.
A mancha alvo (Corynespora cassiicola) é a principal doença da cultura da acerola, na região de Junqueirópolis, SP, causando desfolha precoce nas plantas. Após a realização da poda de limpeza anual, os produtores aplicam a calda sulfocálcica nas plantas, por apresentar ação fungicida, inseticida e acaricida. O objetivo deste trabalho foi avaliar em condições in vitro e in vivo o efeito das caldas sulfocálcica, bordalesa e Viçosa sobre Corynespora cassiicola. As caldas foram utilizadas nas seguintes concentrações: calda sulfocálcica (75 e 3%concentração utilizada por produtores), calda Bordalesa (75%) e calda Viçosa (75%). As caldas foram incorporadas em meio de batata-dextrose-ágar ou suspensão de esporos para determinação das inibições do crescimento micelial e da germinação de esporos. Folhas de acerola, com sintomas típicos da mancha alvo, foram tratadas com as caldas. Constatou-se que quando estas folhas foram submetidas à câmara úmida, alta umidade, ocorreu esporulação sobre as lesões, porém os esporos perderam a viabilidade pela presença das caldas na superfície. No ensaio in vitro, a calda sulfocálcica a 75% apresentou 100% de inibição do crescimento micelial do fungo. A germinação de esporos foi inibida completamente por todas as caldas. Assim, o uso das caldas, na cultura da acerola, pode contribuir na redução de fontes de inóculo do patógeno.
Sclerotium rolfsii causa grandes perdas em algumas culturas econômicas. Por produzir estruturas de resistência (escleródios), este fungo é de difícil controle. Há escassez de novos ingredientes ativos eficientes para o controle deste patógeno. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar se existe atividade fungitóxica na planta Momordica charantia (melão-de-são-caetano), com potencial futuro para ser estudado no controle de S. rolfsii. Para isso, dois ensaios foram realizados, um in vitro (laboratório) e outro in vivo (câmara de crescimento). Em in vitro, escleródios do patógeno ficaram em contato com extratos hidroetanólico e aquoso de folhas e ramos de M. charantia e sem extrato por 7, 14, 21 e 28 dias. A sobrevivência dos escleródios foi avaliada em meio de cultura específico, após cada tempo. Em in vivo, testou-se a ação dos mesmos extratos de maneira preventiva e curativa (aplicação aos 6 e 3 dias antes do plantio; no dia do plantio; e aos 3 e 6 dias após o plantio) e no tratamento de semente, no patossistema feijoeiro cv. Carioquinha versus S. rolfsii. A eficiência da ação dos extratos foi avaliada por meio da severidade da doença. Os extratos hidroetanólico e aquoso, in vitro, de forma semelhante, controlaram 100% os escleródios, num período de 0 a 7 dias. No ensaio in vivo, o extrato hidroetanólico, aplicado tanto em 6 ou 3 dias, antes do plantio, de forma preventiva, diminuiu a severidade da doença em 74%. Há atividade fungitóxica na parte aérea da planta de melão-de-são-caetano, com potencial futuro de estudo para controlar S. rolfsii, preferencialmente, de maneira preventiva.Palavras-chaves: extratos de plantas, melão-de-são-caetano, escleródios, fungo fitopatogênico habitante do solo.ABSTRACT. Fungitoxic activity of Momordica charantia L. to control of Sclerotium rolsii Sacc. The fungus Sclerotium rolfsii causes major economic losses in agriculture. Due to the resistance structures (sclerotia) production in soil, this pathogen is difficult to be controlled in field. Furthermore, new reports of active ingredients to control of this pathogen are scarces in literature. The objective of the present work was to verify the existence of fungitoxic activity in Momordica charantia (bitter gourd) with future potential of study to control S. rolfsii. Assays were carried out in vitro (laboratory) and in vivo (growth chamber). In vitro, sclerotia of the pathogen were placed in contact with hydroethanolic and aqueous extracts of leaves and stem of M. charantia for 7, 14, 21 and 28 days. To the control, sclerotia were placed in flasks without extract. After each time, the survival of sclerotia was evaluated in specific culture medium. In vivo, the activity of the extracts was investigated preventively and curatively (application at 6 and 3 days before the planting; at the day of planting, and at 3 and 6 days after the planting), and the extracts also were applied in seed treatment to the pathosystem common bean cv. Carioquinha versus S. rolfsii. The efficacy of the extracts was evaluated by disease severit...
ABSTRACT-This study aimed to evaluate the fungitoxic (antifungal) effect of seven essential oils on Plasmopara viticola, the causal agent of grapevine downy mildew. The cinnamon, eucalyptus globulus, marjoram, melaleuca, peppermint, oregano and white thyme essential oils were compared with the mancozeb + metalaxyl-M fungicide. Three experiments were conducted to evaluate the effect of essential oils on spore germination. The first experiment evaluated the effect of direct contact of essential oils on the pathogen; the second evaluated the effect of volatile compounds on the pathogen and the third assessed the behavior of essential oils, when applied to vine leaves in field conditions, on the pathogen. All essential oils inhibited the spores' germination, but in varying degrees, in addition, presenting fungistatic activity. All the essential oils showed chemical instability when the incubation time or the interval between products application where increased, all oils decrease antifungal activity percentage. Noteworthy, the cinnamon and the eucalyptus globulus essential oils were the most fungitoxic (antifungal) on P. viticola. Index terms: Fungicidal activity, fungistatic activity, alternative control, spore germination. FUNGITOXICIDADE DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE
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