ResumoEste artigo relata, a partir de pesquisa empírica, como estudantes de 4° ano do Ensino Fundamental configuram o poético, por meio do estudo orientado de poemas veiculados em obras selecionadas pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Parte de investigação maior, o artigo propõe procedimentos mediadores para o poema "O eco", de Cecília Meireles, problematizando o letramento poético. A investigação apoia-se principalmente em Huizinga e Kirinus. O problema posto justifica-se em virtude de a formação de leitores ser um desafio para o âmbito educacional e para a criação e a manutenção de políticas públicas. O artigo contribui para apresentar possibilidade de inserção escolar do acervo do PNBE e aponta caminhos para o desenvolvimento do poético, que tende a ser pouco explorado na escola. Palavras-chave: mediação cultural, literatura infantil, leitura.
Resumo: Ancorado na sociologia do cotidiano e situado no campo da linguagem, este estudo lança um olhar a um grupo fechado de rede social que aborda conteúdos sobre maternidade. Aprofundamos a nossa atenção sobre o maternar, a partir dos conteúdos das postagens das mães no grupo chamado Papo de Mãe. A opção por examinar as publicações do grupo fechado -em detrimento da análise de comunidades abertas da mesma rede social -deu-se por se tratar de um espaço em que as pessoas podem interagir de maneira mais direta, trazendo questões de âmbito pessoal e privado. O objetivo principal deste estudo é analisar uma situação cotidiana voltada a questões maternas, à luz da sociologia do cotidiano. Em decorrência do período de pandemia, entre os anos de 2020 e 2021, optamos por analisar uma situação cotidiana virtual, tendo como problemática de estudo: o que é considerado 'papo de mãe' e, mais especificamente, o que as mães discutem entre si nas redes de apoio que buscam virtualmente? Analisando as escritas do grupo, separamo-las em quatro temas, observamos o número de ocorrências e atribuímos uma reflexão a cada um desses pontos, a fim de pensá-los no cotidiano. O papo que aprofundamos gira em torno do cuidar, do comemorar, do envolver-se no mar da pandemia e do corre-corre cotidiano.
A proposta poética desenvolvida por Lila Ripoll alcança conciliar o escapismo neo-simbolista à veiculação da problemática social, ou seja, o intimismo e o engajamento político. O presente estudo investiga as relações estabelecidas entre o sujeito lírico e o seu espaço, atentando para as formas de representação do meio urbano e do ambiente rural. São ainda discutidos os recursos empregados na abordagem às temáticas do estranhamento, da solidão e da morte, recorrentes na estética simbolista. A construção da perspectiva feminina sobre os conflitos humanos e as problemáticas sociais perfaz uma trajetória de amadurecimento pessoal e artístico, configurando o trânsito entre o subjetivismo do eu-poético e o seu posicionamento social e atribuindo notável singularidade à poesia de Lila Ripoll. Palavras-chave: Lila Ripoll; intimismo; engajamento; Simbolismo.
Este estudo examina especificidades da palavra poética, focalizando possibilidades de concretização do poético, em diferentes propostas de interação que os versos dirigem ao seu leitor. Com base em Paz (1998) e Bordini (1991) e com orientação metodológica bibliográfica de viés analítico, cinco poemas são tomados para reflexão, levantando-se uma série de recursos que os constituem e tendem a mobilizar diferentemente o leitor em formação, instando-o a atuar de modo diverso enquanto lê. Nesse sentido, a sonoridade, a imagem poética e a visualidade concretizam a potencialidade lúdica da poesia, em textos para “dar nó”, para dizer e cantar, para imaginar, investigar ou, ainda para ler e ver. Tendo em vista o processo de letramento poético, a investigação reflete acerca de como o poema pode acolher o horizonte do leitor em formação, fazendo-se sua morada e desafiando-o a desenvolver sua sensibilidade estética e sua linguagem.
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