ResumoAvaliar a acessibilidade de grupos específicos em um determinado espaço urbano passa por desafios, como verificar as normas técnicas e legislação vigente e considerar a opinião dos indivíduos. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida, em relação aos espaços de circulação pública, utilizando um modelo multicritério de avaliação da acessibilidade. O objeto de estudo foi o deslocamento pedonal em calçadas, obstáculos, travessias e estacionamentos na região central da cidade de Itajubá, no Estado de Minas Gerais. Verificou-se que os julgamentos dos usuários variam de acordo com o tipo de dificuldade de locomoção e com a disponibilidade de dispositivos e de meios de transportes. O estudo fornece subsídios para melhorias de propostas de mobilidade urbana com vistas ao desenvolvimento sustentável, principalmente no que se refere a projetos adequados a um conceito mais abrangente que considere a experiência humana na cidade e viabilize a participação do usuário nos projetos para o coletivo.
O andar a pé é a forma mais antiga e a mais utilizada de deslocamento. Por outro lado, pessoas com mobilidade reduzida ocupam uma parcela expressiva da população, com pouca participação nos ambientes de trabalho e convivência social, na maioria das vezes, pela falta de acessibilidade. Portanto, o trabalho objetiva avaliar a acessibilidade a pé em espaços públicos de circulação urbana sob a perspectiva da pessoa com mobilidade reduzida. Definiu-se pelo uso de duas metodologias, o Processo Hieráquico Analítico (Analytic Hierarchy Process), por considerar os múltiplos critérios que definem a acessibilidade pedonal e o método dos Percursos Comentados (Methode des Parcours Commentes) com vistas à apreciação da vivência prática subjetiva. Os resultados identificaram trechos com diferentes níveis de acessibilidade e possibilitou o levantamento dos elementos que influenciaram nas dificuldades de deslocamento, bem como as emoções e sentimentos despertados em relação ao percurso.
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