Neste artigo, propomo-nos a problematizar alguns discursos filosóficos (principalmente os platônicos e iluministas) sobre a infância e a pensá-la a partir de outras brechas, isto é, perceber como o discurso filosófico platônico ainda encontra ressonâncias no currículo escolar, projetando corpos infantis ao futuro. Buscamos, ainda, apontar como os artefatos culturais contribuem para o alcance desse objetivo na escola e mostrar como as crianças furam o domínio do instituído e criam possibilidades outras, que tornam o currículo molar, vivo, flexível, rizomático, trazendo novos modos de ser e de estar na escola. Trata-se do resultado de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública estadual, recente e tradicional situada no município de Mirassol D' Oeste, na mesorregião sudoeste do estado de Mato Grosso.
Este artigo é um convite a pensar currículos outros, a pensar o currículo como potência, como resistência, como fabulações que movimentam o ambiente escolar. Objetiva-se problematizar as relações entre o espaçotempo escolar, o currículo e crianças, que na imanência de suas infâncias, de suas afecções com o mundo virtual, criam narrativas audiovisuais no cotidiano escolar entre linhas de fugas e escapes. Como inspiração metodológica, utilizamos a cartografia para adentrar o espaçotempo de uma escola pública estadual do município de Cáceres-MT, perceber a relação entre escola, currículo, crianças e infâncias e fazer ressoar as .bonitezas, fabulações e criações curriculares de seus praticantespensantes. Apresentamos o resultado parcial de uma pesquisa de mestrado que acompanhou movimentos e encontros que acontecem nos espaçostempos escolares, que vão muito além de normatizações, na medida em que mostram linhas de escapes, resistências, brechas e fugas que fazem a escola, que criam currículos rizomáticos, currículos pensadospraticados com o cotidiano, currículos criados pelas crianças que produzem efeitos e singularidades outros
No Brasil os livros didáticos são os principais artefatos utilizados pelos professores da rede pública no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo, consubstancialmente, na constituição de sujeitos de determinados tipos. Com base nessa constatação, percebemos a necessidade de problematizar como estes materiais representam homens e mulheres em seus enunciados e ilustrações. Para isso, escolhemos como objeto de pesquisa a coleção de livros didáticos “Novo Girassol: saberes e fazeres do campo”, do Programa Nacional do Livro Didático e do Material Didático (PNLD) Campo, utilizando como método de análise ferramentas arqueo-genealógicas. Como resultado, percebemos que as mulheres ainda possuem menos espaços de representação do que os homens nos livros didáticos, e que muitas vezes os papéis reforçam estereótipos de gênero, de raça e de classe. Porém, acreditamos na força desses artefatos, enquanto rizomas, que podem produzir efeitos outros nos corpos que os utilizam, desde que outras histórias sejam contadas, outras imagens sejam veiculadas. Ao final sugerimos que histórias de mulheres brasileiras, que se destacam sócio-cultural-artisticamente, sejam adicionadas às coleções de livros didáticos pertencentes ao PNLD e que encontrem igualdade de oportunidade para demonstrar seus feitos.
Encontrar em meio a floresta amazônica a alteridade da infância, é nesse movimento que este artigo se situa enquanto resultado de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação. A infância que nos acolheu é composta por crianças ribeirinhas-amazônidas que vivem às margens de um rio produzindo experiências infantis singulares e afirmativas da vida e frequentam uma Instituição de Educação Infantil. Essa infância é concebida neste texto enquanto potência criativa e agenciamentos coletivos de enunciação. Inspiramo-nos no método cartográfico desenvolvido pelos filósofos Deleuze e Guattari para produzir mapas rizomáticos que nos levaram às narrativas infantis ribeirinhas. As narrativas infantis são as potências deste texto na medida em que rompem com paradigmas que a história moderna nos acostumou em relação aos lugares reservados às crianças e às infâncias. Nossas inquietações se traduzem na seguinte questão: Como as crianças reverberam e criam táticas de resistências diante de tantos discursos que se enunciam sobre elas? Encontramos nas narrativas infantis os agenciamentos, os desvios e os acontecimentos-experiências que ecoam o quanto as crianças e as infâncias são novidades diante da soberba de nossa vontade de saber e poder.
Este artigo foi produzido no âmbito do Projeto Cineclubes - Cinema, infâncias e diferenças, realizado pelo Ateliê de Imagem e educação, do Programa de Pós-graduação em Educação da UNEMAT - MT. As narrativas acerca dos povos indígenas do Brasil, apresentadas por professores participantes do Cineclube, movimentaram o pensamento das autoras para a releitura da tese de doutorado Audiovisual na Escola Terena Lutuma Dias: educação indígena diferenciada e as mídias, cujo foco era a problematização sobre a educação escolar indígena e o uso do audiovisual, em especial, para o ensino da cultura indígena e principalmente se este seria um material didático capaz de contemplar as necessidades pedagógicas dos professores Terena, frente aos recursos como livros e cartilhas que estão atualmente disponíveis na escola indígena. Revisitar a tese e trazer tais informações a este artigo, se deu devido ao fato das narrativas do Cineclube se tornarem personagens conceituais para se pautar a educação escolar indígena visando enriquecer o conhecimento do leitor acerca de diferentes contextos e realidades da educação no país. Palavras-chave: Educação indígena. Interculturalidade. Tic. Infância. Indígenas.OF THE NARRATIVES OF THE CINECLUBE IN CÁCERES TO THE NARRATIVES OF THE ABORIGINAL SCHOOL LUTUMA DIAS: the differentiated aboriginal pertaining to school education Abstract: This article was produced in the scope of the participation of the authors in the Cineclubes Project - Cinema, infancies and differences, carried through for the Ateliê de Imagem and education, of the Program of After-graduation in Education of the UNEMAT - MT. The narratives concerning the aboriginal peoples of Brazil, presented for participant professors of the Cineclube, had put into motion the thought of the author for the releitura of the thesis of doutorado Audiovisual in the School Terena Lutuma Dias: aboriginal education differentiated and the medias, taking it to revisit it the problematização on the aboriginal pertaining to school education and the use of the audiovisual, in special, for the education of the aboriginal culture and mainly if this would be a didactic material capable to contemplate the pedagogical necessities of Terena professors, front to the resources as books and cartilhas that they are currently available in the aboriginal school. To revisit the thesis and to bring such information to this article, if gave due to the fact of the narratives of the Cineclube if to become conceptual personages to pautar the aboriginal pertaining to school education aiming at to enrich the knowledge of the reader concerning different contexts and realities of the education in the country.Keyworks: Aboriginal education. Interculturalidade. Tic. Infancy. Aboriginals. LAS NARRATIVAS DE CINECLUBE EN CÁCERES Y NARRATIVAS DE LA ESCUELA INDÍGENA LUTUMA DIAS: una educación escolar indígena diferenciadaResumen: Este artículo no ha sido reproducido en ningún momento de la participación de las autoras en el Proyecto Cineclubes - Cine, infancias e diferencias, realizado por Ateliê de Imagem y educación, Programa de Pós-graduación en Educación de UNEMAT - MT. Como narrativas acerca de los dos indígenas indígenas del Brasil, las presentaciones de los profesores participantes del Cineclube, movimentaron el pensamiento de la autora para una relevación de las enseñanzas de los medios de comunicación audiovisual en la escuela Terena Lutuma Dias: educación indígena diferenciada y como mídias, A educação escolar indígena y el uso del audiovisual, en especial, para el aprendizaje de la cultura indígena y principalmente en el este material seria didático capaz de contemplar como necesidades pedagógicas de los profesores Terena, . Revisar el texto de este artículo, se ha dado por el hecho de las narraciones de Cineclube, se convertirá en personajes conceptuales para el aprendizaje de la educación en el país.Palabras clave: Educación indígena. Interculturalidade. Tic. Infância. Indígenas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.