AmazôniaMário R Aragão* Como não poderia deixar de ser, esta obra, editada por France e Lovejoy e constituída de 22 capítulos, é uma verdadeira enciclopédia sobre a Amazônia.O livro está dividido em três partes: as condições fí-sicas, a biologia e o impacto humano. Isso requer três grupos de profissionais com formação distinta mas, curiosamente, nas entrelinhas de todos os capítulos, nota-se que os autores estão sofrendo com a destruição da floresta amazônica.A água, elemento fundamental na região, e suas relações com a biota, abre o livro com um capítulo escrito por W. J. Junk e K. Furch. O primeiro já conhecido do público brasileiro pela co-autoria no livro "Amazônia, desenvolvimento, integração e ecologia". Ao longo de todo o artigo nota-se a preocupação dos autores em demonstrar a necessidade de serem aprofundados os estudos sobre a hidroquí-mica e o seu papel no ecossistema amazônico.E. Salati, num capítulo muito bem ilustrado, descreve a meteorologia e a climatologia regional. No final, volta a um tema sobre o qual tem insistido muito ultimamente, o de que o equilíbrio hídrico atual é uma decorrên-cia do papel da floresta como fornecedora de vapor d'á-gua. Em média existem 24xl0 10 toneladas de água, sob forma de vapor, sobre a região e cerca de 50% das chuvas que caem sobre a Amazônia Central provêm de água evaporada na própria região.A geologia e, principalmente, a geomorfologia são apresentadas por J. J. Bigarella e A. M. M. Ferreira.A história da floresta, revelada pelo estudo dos polens das plantas, encontrados nos sedimentos, é relatada por M. L. Absy.C. F. Jordan estuda a origem dos solos e explica, com um caso, que as modificações observadas na vegetação a cada pequena mudança do nível do terreno, correspondem, também, a modificações no solo.A reciclagem dos nutrientes na floresta amazônica é descrita, com auxílio de diversas figuras, por R. Herrera.J. Murça Pires e Gillean T. Prance brindam os leitores com um soberbo capítulo sobre a vegetação. Na parte geral chama a atenção para o fato de, na floresta amazônica, as espécies competirem, principalmente, pelos espaços que permitam alcançar a luz solar. E mais, nos solos de baixa fertilidade, onde os nutrientes têm que ser reciclados, a
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