GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE PALMITEIRO (Euterpe edulis Mart.). I. ( 1 ). MARILENE LEÃO ALVES BOVI e MÁRIO CARDOSO (2 ). Em condições naturais, as sementes de palmiteiro germinam lenta e esporadicamente, principalmente em certos períodos do ano. Foi notado que sementes postas para germinar em julho, só a partir de dezembro começaram a emergir do solo, ao passo que as plantadas em fins de novembro, já no início de janeiro atingiram aquele estádio. A polpa oleaginosa, que é mantida em torno do endocarpo fibroso da semente, contribui para baixar a porcentagem de germinação nas condições normais, constituindo-se em rico substrato para o desenvolvimento de microrganismos prejudiciais à viabilidade da germinação. Considerando as sementes que são comidas e destruídas por animais e insetos, apenas uma porção bastante reduzida consegue germinar e atingir a idade de um ano. Essa lenta e desuniforme germinação do palmiteiro é reconhecida como um sério problema prático para o estabelecimento de plantios racionais dessa cultura. Na ausência de propagação vegetativa, o estabelecimento de plantações de palmiteiro depende exclusivamente da obtenção de mudas com desenvolvimento vegetativo homogêneo, em grande número e prontas para plantio no início da estação chuvosa.Devido aos fatores acima mencionados foi estabelecido um ensaio, com o objetivo de verificar a possibilidade de diminuir o período de dormência, em condições naturais, visando obter maior viabilidade, rapidez e uniformidade de germinação.
Neste trabalho, é apresentado o desempenho de nove anos de desenvolvimento e produção dos clones de seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex. Adr. de Juss.) Muell. Arg.], a saber: AVROS 1328, PB 235, PB 217, GT 1, RRIM 701, IAN 873, Tab 821, IAC 15, Tab 804, IAC 222 e, como testemunha, RRIM 600. No experimento, instalado na Fazenda Água Milagrosa, município de Tabapuã, sob o delineamento de blocos casualizados com seis repetições, estudaram-se os seguintes caracteres: produção de borracha seca; vigor, expresso pela circunferência do caule; espessura de casca e árvores com seca do painel. Com relação à produção dos onze clones testados, PB 235, Tab 804, RRIM 701 e AVROS 1328 produziram, respectivamente, 113, 45, 38 e 32% a mais em relação ao RRIM 600, em gramas/árvore/corte na média de quatro anos de sangria, onde, a partir do segundo ano, as plantas foram estimuladas. A maior parte desses clones se mostrou vigorosa, com caracteres secundários aceitáveis, tais como: espessura de casca virgem, árvores secas, baixa incidência de quebra pelo vento e baixa suscetibilidade de doenças de painel e folhas. O desempenho do GT 1 e do IAC 222, embora vigoroso, não foi bom. RRIM 701 e IAC 15 apresentaram alta incidência de seca do painel; entretanto, o incremento da circunferência na sangria foi alto para esses clones.
Avaliou-se o estado nutricional de quarenta seringais em produção, instalados em diversas regiões edafoclimáticas paulistas, por meio da análise química foliar e dos solos correspondentes. As amostragens de folhas foram feitas no verão e no outono e as de solo, apenas na primeira época, ambas em 1984 e 1985. De forma consistente, verificaram-se baixos níveis de P nos solos de quase todos os seringais e de K naqueles localizados no litoral. A acidez apresentou grande variabilidade, registrando-se desde baixos índices de saturação por bases em solos do litoral e na região dos latossolos vermelho-escuros de textura média até níveis bastante elevados nos latossolos roxos eutróficos e nos podzólicos. Embora não se tenham registrado deficiências de micronutrientes, as concentrações de Fe e B se mostraram marcadamente associadas ao tipo de solo. As produtividades mais elevadas de alguns seringais foram associadas com níveis mais altos de N e K nas folhas. Para os demais macronutrientes, as concentrações nas folhas foram semelhantes, independente do grupo de produtividade em gue os seringais se enquadraram: baixa, média ou alta. Não ocorreram deficiências visíveis de Ca e Mg, porém os baixos níveis de P tanto nas folhas como nos solos possivelmente estejam afetando a produtividade.
RESUMOO presente estudo teve por objetivo avaliar respostas da seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Müell. Arg.] à adubação NPK visando recomendá-la no período de formação dos seringais. Relata os resultados do experimento em solo podzólico vermelho--amarelo eutrófico no município de Matão (SP). O delineamento foi de blocos ao acaso em esquema fatorial fracionado 1/2 (4 x 4 x 4) com doses anuais de 0, 40, 80 e 120 kg.ha -1 de N, P 2 O 5 e K 2 O. Até 104 meses de idade das plantas, avaliaram-se o perímetro do caule 1,20 m acima do calo de enxertia, a porcentagem de plantas aptas para sangria e o tempo de imaturidade do seringal, efetuando-se análises de solo e folhas em diversas épocas. Observou-se, a partir de 24 meses de idade, pouco mais de um ano depois do início das aplicações efeito linear da adubação potássica sobre o perímetro do caule e, a partir de de 48 meses, com freqüência, a interação NK linear. Usando como indicador de desenvolvimento a porcentagem de plantas aptas à sangria, houve efeito linear significativo para K e, em algumas poucas épocas, também para N. O período de imaturidade, apesar de afetado significativamente apenas pela adubação potássica, mostrou-se dependente do equilíbrio dos nutrientes. Adubações desequilibradas podem retardar até em 15 meses o tempo de imaturidade, comparando-se os melhores e os piores tratamentos. Na ausência de adubação potássica, verificou-se um efeito antagônico dos nutrientes N e P. Adubações potássicas foram essenciais para garantir a antecipação do início da fase produtiva.Termos de indexação: seringueira, Hevea brasiliensis, adubação, crescimento, período de imaturidade.(1) Recebido para publicação em 1. o de junho de 1998 e aceito em 21 de junho de 1999.(2) Centro de Solos e Recursos Agroambientais, Instituto Agronômico (IAC), Caixa Postal 28, 13001-970 Campinas(SP). ABSTRACT EFFECT OF NPK FERTILIZATION ON THE IMMATURE PHASE OF RUBBER TREEThe purpose of this study was to evaluate the response of rubber tree [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Müell. Arg.] to NPK fertilization in order, to improve fertilizer recommendation during the immature phase of this crop. It reports the results obtained from an experiment conducted on a podzolic soil at Matão, State of São Paulo, Brazil. It was a randomized block design in a fractionated factorial experiment 1/2(4 x 4 x 4) using 0, 40, 80 and 120 kg.ha -1 of N, P 2 O 5 e K 2 O. Fertilizers were applied every year starting eight months after planting. During the experimental period evaluations of trunk girth 1.20 m above the budgrafting union was measured at each four months. The percentage of plants able for tapping and the period of immaturity were calculated from girth measurements. Soil and plant analysis were performed at several ages. Plant responses to potassium fertilizations were observed starting at 24 months of plant age. Linear NK interaction was frequently observed after 48 months of plant age. Considering the percentage of plants able for tapping, responses were linearly ...
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