Resumo: É importante para a sociedade a luta contra a estupidez, porque o estúpido é constitutivamente destrutivo. Mas aquele que luta contra a estupidez, própria e alheia, é, sobretudo, tradicionalmente, o filósofo. Vamos constatar a presença dessa luta em Nietzsche, e perscrutar a relevância que teria em sua obra, em geral pouco ressaltada. Nietzsche se une à linhagem clássica da denúncia da estupidez, extremando-a ao modulá-la nos termos de seu perspectivismo como incapacidade de “sair” da perspectiva única. Além disso, procederemos a descobrir uma classe de estupidez que acompanha a sabedoria como sua sombra necessária e que seria a que nos abre, diante do cristianismo paulino e erasmista, a possibilidade de uma ciência alegre. Por outro lado, a estupidez cósmica teria o bonito nome de “necessidade”, e o dionisíaco do pensamento do eterno retorno radica sobretudo no amor fati, que em nosso caso se traduziria como afirmação e ainda amor da estupidez. Por isso Nietzsche dirá que a sabedoria dionisíaca é o princípio da maior estupidez possível.
Resumo Contra a ideia convencionalmente aceita de que seu recurso à ópera Carmen teve um caráter meramente estratégico, a saber, como “antítese irônica” em sua batalha final contra Wagner, o objetivo deste trabalho é mostrar que, na verdade, tanto a música de Bizet como o mito de Carmen adquiriram um alto valor simbólico no pensamento maduro de Nietzsche, encarnando de alguma maneira a transvaloração de todos os valores nos casos concretos do gosto estético e de uma nova concepção do amor.
A partir del último libro de La gaya ciencia en este trabajo procedo, en primer lugar, a fijar los rasgos del nuevo entendimiento nietzscheano de la creencia en cuanto un determinar activo contrapuesto a la pretensión de verdad entendida como corrección o ajuste de la representación, es decir, en cuanto contracreencia. En segundo lugar, caracterizo a grandes rasgos lo que hay que considerar como creencia específicamente nietzscheana, constitutiva del sentido nuclear de su producción filosófica. Debemos denominar “fe dionisíaca” a esa “creencia”, en el entendido de que resulta imposible fijarla y definirla en un sentido estricto porque no excluiría nada, ni siquiera a sus opuestos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.