O artigo resulta de pesquisa qualitativa sobre a percepção de saúde da etnia Guarani Mbyá, realizada em três aldeias no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina. As características culturais da etnia foram pesquisadas na literatura, observadas no trabalho de campo e confirmadas nas vinte entrevistas abertas realizadas com membros das comunidades e profissionais de saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que responde pela assistência básica às aldeias. Os resultados mostram que os Mbyá consideram o choque cultural com a sociedade envolvente o principal fator de adoecimento, enfatizando a importância de preservar e valorizar seu modo de vida tradicional para a manutenção da saúde de indivíduos e coletividades. Os dados permitem associar suas representações sobre saúde aos problemas fundiários e de justiça social vivenciados pelos grupos. Apontam a importância de aprimorar a formação dos quadros técnicos de saúde, especificamente no que diz respeito à compreensão das diferenças interétnicas entre a cultura Mbyá e ocidental para garantir a efetividade de tratamentos e programas. A análise ressalta ainda aspectos positivos e negativos na operacionalização da assistência à saúde nas aldeias e, nas considerações finais, são apresentadas sugestões para seu aprimoramento.
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